Produção industrial avança 6,6% em junho na comparação com 2006

Rio de Janeiro – A produção da indústria brasileira cresceu 6,6% no mês de junho comparada com o mesmo período do ano passado. A expansão foi a maior do setor desde dezembro de 2004 (8,3%), também comparada a períodos semelhantes de anos anteriores.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal divulgada nesta sexta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o coordenador da pesquisa, Silvio Sales, o crescimento é resultado do aumento do consumo no país, e mostra sinais de reação de segmentos da indústria que vêm sendo afetados pela concorrência com produtos importados, como por exemplo a indústria têxtil e a de calçados.

?São uma série de fatores que vão se perpetuando e tem a ver com a demanda interna. O mercado de trabalho está ocupando mais as pessoas, o rendimento médio está crescendo e impulsionando o consumo, há uma permanente redução nas taxa de juros  e conseqüente aumento do crédito, uma confiança maior do consumidor. Isso tudo cada vez mais vai influenciando a indústria. Mesmo aquelas áreas de bens de consumo, de semi-duráveis mais afetadas por importação, começam a mostrar alguma recuperação?, explicou o técnico.

Sales atribuiu também o crescimento das exportações e os bons resultados do setor agrícola na safra deste ano como fatores responsáveis pela expansão na indústria.

O levantamento do IBGE mostrou que 22 dos 27 ramos industriais pesquisados ampliaram sua produção em junho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. O maior destaque foi a indústria de máquinas e equipamentos, que aumentou em mais de 20% a produção. Os impactos mais significativos para a alta na taxa global da indústria também são dos  segmentos de veículos automotores (12,9%) e de outros produtos químicos (10,8%).

Embora a categoria de bens de capital continue sendo a de maior impacto para o crescimento da indústria, todas as outras apresentaram expansão: bens de consumo duráveis (7,7%), bens de consumo semi e não duráveis (5,4%) e bens intermediários (5,3%).

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