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| Carros saindo no Porto de |
São Paulo (AE) – A indústria automobilística bateu recorde de produção e exportação no primeiro semestre, superando a marca do primeiro semestre de 2004. Junho foi também recorde nas exportações, que atingiram US$ 989 milhões, ultrapassando junho de 2004 (US$ 697 milhões). As vendas externas estimularam a produção do mês, que atingiu 215 mil veículos, superando o recorde anterior, de junho de 1997 (190 mil).
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Rogélio Golfarb, afirmou que as exportações estão muito acima das expectativas da entidade, que previa aumento de 7% para todo o ano de 2005. No primeiro semestre, as exportações somaram US$ 5,07 bilhões, uma alta de 36% sobre o primeiro semestre de 2004, apesar do câmbio desfavorável para os exportadores.
Golfarb afirmou que a Anfavea não revisou as estimativas porque tem incertezas em relação ao desempenho do segundo semestre. Segundo ele, as empresas têm compromissos com outros países e continuaram a exportar, apesar de obterem menores lucros com as vendas externas. De acordo com o dirigente da entidade, o recorde histórico de produção reflete principalmente, o impacto das exportações. De janeiro a junho, foi fabricado 1,2 milhão de veículos, 15,7% a mais do que no primeiro semestre de 2004.
As vendas internas do setor também continuam indo bem. O número de licenciamentos chegou a 800 mil no primeiro semestre, alta de 10,7% em relação a igual período de 2004, acima das expectativas da Anfavea, que prevê para o ano todo um aumento de 4% nas vendas internas. Segundo Golfarb, o fenômeno está ligado a promoções das empresas, que têm necessidade de desovar os estoques para reduzir a capacidade ociosa (hoje em torno de 35%, em média). Porém, a Anfavea acredita que os porcentuais de crescimento devem cair a partir do segundo semestre, pois a base de comparação (2004) será menor.
Preço do carro zero subiu 5,37% até junho
O preço do carro zero subiu 5,37% no ano, segundo pesquisa da agência AutoInforme. Com isso, o preço do carro zero já subiu mais do que a inflação medida no primeiro semestre. No acumulado de janeiro a junho, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), da Fipe, registra inflação de 2,72%. De janeiro a junho deste ano, o IGP-M acumula inflação de 1,75%.
Só em junho, os preços reais dos veículos no varejo tiveram um reajuste médio de 1,3%. Foi o segundo maior aumento do ano, perdendo apenas para janeiro, quando os preços dos veículos tiveram um aumento médio de 2,14%.
Esse aumento de junho também interrompeu o ciclo de relativa estabilidade registrada em abril e maio, quando os preços médios do carro zero tiveram um aumento de 0,09%.
A tendência de elevação dos preços dos carros deve se manter em julho. A Fiat, por exemplo, já anunciou um reajuste médio de 1,5% em sua tabela de preços de veículos.
O aumento (já em vigor) reflete o repasse dos reajustes dos custos de produção, como a elevação do preço do aço e do plástico.