Produção de veículos cresce 12% este ano

São Paulo – A produção de veículos em maio cresceu 4,3% em relação a abril, atingindo 177,3 mil unidades, o segundo melhor resultado mensal neste ano. No acumulado dos cinco primeiros meses, o volume supera em 12% o de igual período de 2003, com um total de 849 mil veículos. A atividade do setor, considerado um dos principais da economia, está ancorada nas exportações – que até maio aumentaram 57% em valores -, e nos negócios ligados à agricultura, como a venda de picapes, caminhões e tratores.

O nível de emprego cresceu em ritmo mais lento, porém constante. As montadoras abriram desde janeiro 3.150 vagas e empregam agora 93.951 trabalhadores, número que não era atingido havia dois anos. Em relação a dezembro, há 3,5% mais empregados hoje no setor. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Rogelio Golfarb, apesar de oscilações, os resultados acompanham o aumento do Produto Interno Bruto (PIB). “Houve uma puxada da economia como um todo, e isso se reflete no setor.”

Em relação a abril, as vendas internas aumentaram 6,6%. No ano, acumulam alta de 7,9% na comparação com 2003. Só no segmento de comerciais leves, onde estão as picapes, o aumento acumulado é de 26%. O negócio com caminhões supera em 23% o do ano passado.

O índice de melhora nas vendas até agora é o mesmo projetado pela Anfavea para o ano todo ao prever 1,5 milhão de veículos, ante 1,42 milhão em 2003. A produção deve ficar perto da casa dos 2 milhões de unidades, enquanto as exportações devem bater recorde e atingir US$ 6,6 bilhões, um aumento de 20% em relação ao ano passado. Até agora, as montadoras venderam no exterior o equivalente a US$ 2,9 bilhões, um acréscimo de 57% na comparação com 2003.

O maior cliente de carros brasileiros ainda é o México, mas a Argentina é um dos mercados que mais crescem atualmente. Reajustes

No rastro da melhora das vendas, as montadoras partiram para nova onda de reajustes de preços. Volkswagen, General Motors e Renault anunciaram ontem aumentos médios de 1,3%, 1,4% e 1,57%, respectivamente. No início da semana, a Fiat já havia alterado sua tabela em até 1,9%. Como normalmente ocorre no setor, as demais empresas devem adotar a mesma política.

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