Produção das indústrias do Paraná é a que mais cresce no Brasil

A indústria do Paraná caminha em ritmo acelerado. Na passagem de abril para maio, a produção industrial cresceu 4,3%, o melhor resultado entre os 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No período anterior – entre março e abril -, a indústria paranaense havia registrado queda de 0,6%. Em nível nacional, a produção industrial caiu 0,5%, com resultado negativo em oito locais.

Na comparação com maio de 2007, a produção industrial paranaense cresceu 14% – segundo melhor resultado do País, atrás apenas do Espírito Santo (20,3%), e 20.º resultado positivo consecutivo.

O desempenho do Paraná ficou bem acima da média nacional, que foi de 2,4%. Resultados positivos também no acumulado do ano – variação de 11% na indústria paranaense, acima de 6,2% que foi a média do País – e no acumulado dos últimos 12 meses: 8,1%, pouco acima da média nacional de 6,7%.

No Paraná, o crescimento de 14% em maio foi puxado principalmente pela indústria de edição e impressão, que registrou variação positiva de 207,6%. Segundo o IBGE, o crescimento atípico desse setor pode ser explicado pelo aumento de encomendas especiais de livros e impressos didáticos, conjugado com uma baixa base de comparação em maio de 2007.

Também contribuíram positivamente a indústria de veículos automotores (com crescimento de 14,1%) – impulsionada pelo aumento na fabricação de caminhões – e a indústria de alimentos (8,4%), com maior produção de carnes, miudezas de aves e rações.

Na ponta contrária, os destaques negativos vieram da indústria de outros produtos químicos (-22,6%), com redução na produção de amônia; indústria de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-19,1%), devido à menor produção de partes e peças para aparelhos de interrupção e o setor da madeira (-9%), influenciado pelos painéis de madeira. Entre as 14 atividades pesquisadas, oito registraram aumento na produção e outras seis, queda.

Ano

No acumulado do ano (janeiro a maio), a produção industrial do Paraná cresceu 11% – o segundo melhor resultado do País, atrás apenas do Espírito Santo, que cresceu 17,1%. As maiores contribuições positivas na formação da taxa geral vieram da indústria de veículos automotores, com crescimento de 35,5%; máquinas e equipamentos (20,6%), edição e impressão (25,2%) e celulose e papel (14,9%), devido, sobretudo, ao crescimento nos itens caminhões e automóveis; máquinas para colheita e tratores agrícolas; livros e impressos didáticos; e cartolina, respectivamente.

Por outro lado, os impactos negativos mais relevantes vieram da indústria de alimentos -com queda de 3%, puxado pelo decréscimo em carnes e miudezas de aves – e outros produtos químicos (-12,2%), pressionados principalmente pela menor produção de amônia. No ano, oito dos 14 ramos aumentaram a produção na comparação com o mesmo período do ano passado.

País

Em nível nacional, oito dos 14 locais pesquisados pelo IBGE registraram queda na produção industrial na passagem de abril para maio. Os recuos mais acentuados ocorreram no Rio Grande do Sul (-4,2%) e Santa Catarina (-3,1%).

As demais taxas negativas foram apuradas no Ceará (-2,2%), Goiás (-2,1%), Pernambuco (-1,5%), Nordeste (-0,8%), São Paulo (-0,3%) e Amazonas (-0,2%). Ainda nessa comparação, além do Paraná, houve expansão no Rio de Janeiro (2,4%), Espírito Santo (2,2%), Pará (2,1%), Bahia (1,0%) e Minas Gerais (0,8%). 

Voltar ao topo