Prêmio destaca mulheres influentes

Oito paranaenses estão entre as finalistas do 4.º Prêmio ?As mulheres mais influentes do Brasil?, realizado pela Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil. Ao todo, 78 candidatas de todo o País concorrem em 26 categorias – três candidatas por categoria. A votação aberta, feita via internet através do endereço eletrônico www.mulheresinfluentes.com.br, começou no dia 22 de outubro e segue até o próximo dia 14. O resultado será divulgado durante evento em São Paulo no dia 3 de dezembro.

Para a diretora financeira executiva da Itaipu Binacional, Margaret Groff – que participa pela primeira vez do Prêmio -, ter sido uma das indicadas entre 500 participantes – e chegar à final – não é novidade. ?O que mais me surpreendeu foi a categoria em que fui indicada: Economia e Finanças?, afirmou Margaret, referindo-se ao segmento que até pouco tempo atrás era dominado pelos homens. Concorrem na mesma categoria a presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena dos Santos Fernandes, e a presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Elisabeth Farina.

Com a responsabilidade de fazer a melhor gestão financeira da Itaipu – que fornece 23% da energia elétrica consumida no Brasil -, Margaret está acostumada a desafios. Formada em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1983 – numa época em que o curso era quase exclusivamente restrito ao sexo masculino -, Margaret não se intimidou. ?Saí da faculdade e não conseguia emprego. Em execução de obras então, que era a área que eu mais gostava, pior ainda. Quando surgia alguma vaga era na parte administrativa?, conta, lembrando que as mulheres representavam apenas 5% da turma.

Pós-graduada em Engenharia Econômica pela FAE/CDE e com MBA em Finanças pelo IBMEC, Margaret Groff ingressou na Itaipu em 1987. Desde então, desenvolveu e implantou sistema de gestão de qualidade, de processos, de investimento e ocupou cargos na diretoria técnica e financeira da usina. Também foi diretora-superintendente da Fundação Itaipu-BR de Previdência e Assistência Social.

?As mulheres estão se posicionando mais. Durante muito tempo elas foram sufocadas, acreditava-se que tinham apenas que cuidar da casa. Mas a visão mudou e o que se percebe é que dá para administrar a carreira e a casa, basta ter organização?, defende Margaret, que é casada e mãe de dois filhos. Com uma jornada de trabalho extensa, de até 12 horas por dia, e passando boa parte do tempo em viagens – de dois a três dias por semana -, Margaret diz que o segredo é ter uma boa estrutura em casa. ?Formei uma pessoa, que é minha secretária, há dez anos. Ela aprendeu matemática, português, vai às reuniões na escola, dá instruções aos meus filhos, segurança. Isso é algo básico?, arrematou.

Outras paranaenses finalistas da quarta edição do Prêmio são Eviete Dacol, na categoria Arquitetura e Decoração; Ana Amélia Filizola, na categoria Comunicação; Sônia Pereira Kunitz (Educação); Magrid Teske (Indústria e Varejo), Gleisi Hoffmann (Política); Sônia Gurgel (Recursos Humanos) e Ety Cristina Forte Carneiro (Terceiro Setor). 

Voltar ao topo