Premiê grego manda carta a líderes da Europa

O primeiro-ministro da Grécia, Lucas Papademos, reafirmou hoje o compromisso de seu governo com as reformas econômicas cobradas pelos credores internacionais e disse que os gregos vão continuar na zona do euro. As declarações estão em uma carta enviada para os líderes europeus esta semana.

Na terça-feira, o do grupo de ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo) concordou em liberar a sexta parcela do primeiro pacote internacional de resgate para a Grécia, de 8 bilhões de euros. Antes dessa liberação, os líderes europeus tinham exigido um documento por escrito do governo grego e dos principais partidos políticos do país, se comprometendo com as reformas planejadas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda precisa aprovar oficialmente a liberação da parcela do pacote de resgate.

“O governo está determinado a continuar o processo de consolidação fiscal e reformas estruturais para assegurar finanças públicas sólidas e melhorar a competitividade internacional do país”, diz Papademos na carta, que foi divulgada pelo seu escritório na noite de ontem.

No texto, o premiê detalha as três principais tarefas do governo nas próximas semanas: a implementação do programa de reformas existente; a negociação de um novo acordo de empréstimo com os credores internacionais; e a conclusão do programa de swap de bônus que visa cortar pela metade a dívida grega na mão de credores privados.

“A participação na zona do euro garante a preservação da estabilidade de preços, promove a estabilidade financeira e econômica, e facilita a implementação de reformas amplas e profundas necessárias para reavivar a economia”, diz Papademos. “O povo grego reconhece a necessidade de uma grande transformação econômica e institucional e eles apoiam esmagadoramente a participação na zona do euro, que eles veem como crucial para o sucesso desses esforços”.

A carta foi enviada na terça-feira para o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e o presidente do Eurogrupo, Jean-Calude Juncker. Também receberam a carta o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde. As informações são da Dow Jones.