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Preços dos alimentos têm maior queda desde junho de 2011

O comportamento dos preços dos alimentos foi determinante para ajudar no arrefecimento da inflação na cidade de São Paulo na primeira quadrissemana de fevereiro. Conforme dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o grupo Alimentação registrou queda de 0,34%, depois de subir 0,50% no encerramento do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em janeiro. A queda registrada na primeira medição deste mês nos itens alimentícios foi a maior desde junho de 2011, quando os preços caíram 0,58%. O grupo Alimentação respondeu sozinho por uma variação negativa de 0,078 ponto porcentual (-18,84%) de todo o IPC, que desacelerou para 0,42% na primeira quadrissemana de fevereiro, ante 0,66% no fechamento de janeiro.

Como esperado por economistas, os preços das carnes bovinas continuaram recuando na primeira quadrissemana de fevereiro e apresentaram queda de 3,86%. A menor ocorrência de chuvas neste ano em relação a 2011 pode ter impedido alguns produtos in natura a subirem menos ou até recuar, como aconteceu com o limão (-22,69%). Um outro item que também teve variação negativa relevante foi a vagem, cujo preço caiu 14,48% na primeira medição do mês.

Já a seca em algumas partes do Sul do País tem prejudicado a produção de grãos. O preço do feijão, por exemplo, tem resistido e segue avançando. Na primeira quadrissemana de fevereiro, a leguminosa subiu 14,91% após aumento de 12,79% no IPC de janeiro.