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PPPs caem no gosto de investidores para melhoria da malha ferroviária do Paraná

Embora uma parte dos investimentos em infraestrutura e logística seja para questões de médio e longo prazo, as situações emergenciais dos modais também estão elencadas pelo governo. Nesta terça-feira (21), o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, José Richa Filho, apontou alguns avanços nesse sentido durante o 4º Congresso Paranaense da Indústria promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Um deles está vinculado à melhoria da malha ferroviária que, por meio das Parcerias Público-Privadas, as chamadas PPPs, poderão ter um encaminhamento mais rápido. “Está faltando ferrovias para a quantidade de empresas que querem fazer, via PPPs, investimentos na malha ferroviária do Estado”, afirmou o secretário.

O secretário também apontou o diálogo com o governo federal e as diversas instituições do Estado como caminho de garantir a realização de projetos estratégicos. José Richa Filho citou diversos projetos que poderiam ter acontecido há dois anos, mas por conta da ausência de negociação, não se concretizaram. “O Paraná perdeu muitos recursos por falta de diálogo. O Porto de Paranaguá, poderia ter recebido R$ 190 milhões do governo federal para a ampliação do Cais Oeste, mas o governo anterior não manifestou interesse”, disse. “O governo do Mato Grosso do Sul, há quatro anos, espera por uma sinalização positiva do nosso Estado para a adequação da Estrada de Ferro Paraná Oeste (Ferroeste) no trecho Maracaju-Dourados-Cascavel, no entanto, somente agora está sendo dado o encaminhamento correto”, acrescentou.

Ainda sobre a falta de articulação, José Richa Filho disse que a viabilização dos centros de logística do Paraná é uma solução que, em partes, vem do melhor aproveitamento de estruturas do próprio estado. “Por conta da tragédia no litoral, tivemos que procurar uma solução para a fila de caminhões e levantamos diversas estruturas subutilizadas do Estado, dentre elas unidades da Claspar e Codapar, que permitiram o escoamento da safra por trem até Guarapuava, para de lá partir de caminhão até Paranaguá. Com isso controlamos melhor a fila”, explicou.

Porto Organizado

Quanto a “menina dos olhos dos investidores”, a chamada área do Porto Organizado, principalmente as regiões de Ponta do Poço e de Pontal do Paraná, que são estratégicas para os fornecedores do pré-sal, o secretário de Infraestrutura e Logística explicou que o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) tem trabalhado para dar vazão a todos os projetos. “Há uma área de compensação ambiental como contrapartida”, esclareceu.

José Richa Filho também destacou que as ações para a área chegarão até o Porto de Antonina. “Já há empreendimentos previstos para o porto e planejamos ampliar em 140 metros o cais de Antonina a fim de otimizar toda a área”.

Com relação ao Porto de Paranaguá, novas dragagens estão no cronograma de ações. No dia 28 de julho será realizada uma audiência pública para a dragagem do canal de acesso. A secretaria também quer viabilizar a primeira dragagem de manutenção do porto. “Só o trabalho que fizemos antes da safra, permitiu os recordes de exportações no Porto de Paranaguá, em maio”.

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