Postos de trabalho subiram 2,1% entre 2006/2007

Estudo divulgado nesta terça-feira (30) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que o número de postos de trabalho no País cresceu 2,1% entre 2006 e 2007, passando de 79,7 milhões para 81,4 milhões. O documento, preparado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, apresentado na semana passada, afirma ainda que a renda média dos trabalhadores ocupados subiu 3,2% no mesmo período, chegando ao maior nível desde 1996.

De acordo com o Ipea, o grau de informalidade caiu significativamente entre 2006 e 2007, passando de 55,1% das pessoas ocupadas para 54,1%. O aumento no grau de formalidade ajudou também a fazer crescer o número de contribuintes para a previdência, que chegou em 2007 a 51,2% da população. No entanto mesmo com esse avanço, o número de contribuintes ainda não alcançou o mesmo nível de 1987, quando era de 51,8% da população. Nas metrópoles a diferença é ainda maior. Em 2007 alcançou 57,6%, mas em 1987 era de 69,7%.

Escolaridade

O estudo do Ipea ainda mostra uma alteração na formação dos trabalhadores brasileiros ocupados. Em 1992, a maioria deles, 35%, eram analfabetos ou tinham até 3 anos de estudo e apenas 19% tinham mais do que 11 anos de estudo. Hoje, o espectro mudou. Atualmente, 41% dos brasileiros ocupados têm 11 anos ou mais de estudo e apenas 16% tem até 3 anos de escolaridade.

O Ipea também analisou o trabalho infantil no País, que tem regredido, mas muito lentamente. No ano passado, 2,5 milhões de crianças entre 5 e 15 anos estavam trabalhando, 300 mil a menos que em 2004. Atualmente, 89,7% das crianças brasileiras nessa faixa etária apenas estudam. No entanto, ainda 7% estuda e trabalha e, ainda mais preocupante, 0,8% apenas trabalham. Outros 2,5% não estudam nem trabalham.