Portugal Telecom defende redução da carga tributária

O presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava, disse hoje, depois de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a massificação da banda larga e o processo de inclusão digital no Brasil deveriam ocorrer de forma mais rápida e abrangente, se houvesse a redução da carga tributária para esses serviços. Bava reiterou que a operadora de telefonia celular Vivo investirá R$ 2,6 bilhões este ano, principalmente na ampliação da rede de terceira geração (3G). A operadora portuguesa controla 50% da Vivo e os outros 50% são da espanhola Telefónica.

“A Vivo vai honrar os investimentos e a presença da Portugal Telecom no Brasil é de longuíssimo prazo”, afirmou Bava. Segundo ele, esse compromisso foi reiterado ao presidente Lula. Bava afirmou ainda que nos próximos três anos, a empresa portuguesa pretende alcançar 100 milhões de clientes nos 14 países em que atua, incluindo Brasil e países da África. Atualmente, a empresa tem 72 milhões de clientes em telefonia fixa, celular e banda larga. “O Brasil é absolutamente central e estratégico para a Portugal Telecom”, afirmou. Bava disse que é possível colocar o Brasil “na linha de frente” do processo de inclusão digital e de democratização dos serviços de telecomunicações se forem criados incentivos tarifários, que tornam os serviços mais atrativos ao consumidor.

Bava não quis comentar notícias da imprensa europeia de que a empresa espanhola Telefónica e a Telecom Itália estariam interessadas em incorporar a Portugal Telecom. Ele também evitou falar sobre a possibilidade de constituir parceria com empresas brasileiras para ampliar a atuação na África. Ele deu duas camisetas ao presidente Lula: uma do jogador português Cristiano Ronaldo, do Real Madri, e outra da Seleção Portuguesa.

Ao ser perguntado se a Portugal Telecom cogitava vender a sua participação na Vivo para a Telefónica ou adquirir 100% de participação na Vivo, ele limitou-se a dizer: “Nós estamos muito satisfeitos com o investimento na Vivo”.

Voltar ao topo