Portos do Paraná se modernizam

A lei de modernização dos portos brasileiros vem mudando radicalmente, há 5 anos, o que acontece nos terminais de Paranaguá e Antonina. Hoje, com 90% de suas áreas arrendadas para terminais e empresas privadas – sem prejuízo do caráter público da instituição -, os dois portos paranaenses estabelecem recordes de movimentação de produtos na importação e exportação.

Em Paranaguá, por exemplo, o arrendamento do Terminal de Contêineres para a TCP permitiu a instalação de equipamentos de última geração, como portâineres e transtâineres, 1.500 tomadas para conteinters reefers, além de benfeitorias que vão desde compactação e pavimentação com tecnologia avançada do pátio para depósito dos contêineres até a reforma de 485 m de cais. Está também prevista a construção de mais 170 m de cais acostável, bem como a construção de instalações próprias para a atracação de navios roll on roll off, que vão operar com automóveis.

Em 1999 foi implantado o Projeto Porto Inteligente, para oferecer os melhores serviços portuários, beneficiando a toda a comunidade portuária. Há projeto semelhante sendo implantado no Porto de Barcelona, na Espanha, que está servindo de apoio e modelo ao terminal paranaense.

Dentro desse projeto, insere-se o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado PDZPO. O estudo objetiva inserir definitivamente os portos do Paraná na vanguarda dos transportes, agregando valores aos produtos e tendo inúmeros atrativos logísticos. Uma obra importante para a modernização da mão-de- obra vai ser a implantação em Paranaguá do Centro de Educação Profissional, cuja licitação deverá acontecer em 60 dias, segundo informações do Ministério da Educação e Cultura. Custará perto de 3 milhões de reais, com 3 mil m2 de área construída numa primeira etapa, 11 laboratórios, 1.600 pessoas qualificadas na primeira etapa, 6 cursos técnicos especialmente direcionados à realidade de Paranaguá e região (portos, por exemplo).

Mais empresas

O complexo Corredor de Exportação Leste passou a ter capacidade de recepção de 10 mil toneladas/hora e embarque nominal de 9 mil t/h. Operam 8 terminais privados com movimentação de granéis sólidos (soja, farelos de soja, milho e açúcar). A movimentação dos produtos passou de 2.500 t/h para 6.000 t/h (capacidade real), através da aquisição de mais um ship loader (carregador de navios) e da reforma de outro, perfazendo um total de 6 ship loaders instalados no complexo. Os 6 carregadores de granéis permitiram uma maior agilidade no embarque dos produtos agrícolas, podendo atingir um volume de carregamento de até 120 mil t/dia. Para tal, diversos investimentos foram feitos pelas empresas, tais como: construção de armazéns, linhas para movimentação de grãos e farelos, moegas para operar caminhões bi-trens, equipamentos automatizados, entre outros. Fazem parte do complexo do Corredor de Exportação, empresas como Coamo, Centro Sul, Cargill, CBL, AGTL, Cotriguaçu, Coinbra, além dos silos da APPA. Com uma área de 9.143 m2, o terminal da Pasa é especializado para a movimentação de açúcar e está equipado com moegas acopladas a um sistema rodoferroviário, com capacidade para embarcar 10 mil toneladas por dia de açúcar a granel.

O terminal privativo da Fospar, grupo Cargill, está sendo ampliado através da construção de um armazém de 20 mil toneladas. Isso vai possibilitar o aumento da produção para 20 mil t a capacidade de mistura e embalagem de fertilizantes, em fábrica própria. A Multitrans fez a aquisição de um guindaste com capacidade média de movimentação de 8 mil t/dia de fertilizantes. A Centro Sul opera com a descarga de 6.500 t/dia de fertilizantes utilizando um descarregador portalino. Outras empresas, como a Rocha S.A., já solicitaram autorização para aquisição de guindastes similares. Em Antonina, o Terminal Portuário Ponta do Félix, privatizado, está operando com carga frigorificada desde 2001, sendo a mais moderna instalação em operação na América Latina.

Modernização

Entre as obras realizadas pela atual administração, está o aprofundamento do Canal da Galheta, que em 1998 era de 39 pés, sem sobrelargura, aumentada para 41 pés e com sobrelargura. A partir de 2000 foi contratado o serviço de manutenção do canal de acesso, por 5 anos. Outra ação foi a melhoria dos berços de atracação com a aquisição de modernas defesas no cais comercial, ampliando assim as condições de segurança. Já as bóias de sinalização automatizadas, que estão em fase de instalação, vão trazer um aumento na segurança no tráfego de navios pelo Canal da Galheta e bacia de evolução dos portos de Paranaguá e Antonina, com a expectativa da redução da composição do prêmio dos seguros da navegação.

Um projeto importante, que está sendo implementado, é o do Corredor de Exportação Oeste, agregando os terminais da Soceppar, Bunge, Pasa e Rodosafra. A finalidade é oferecer aos exportadores e importadores de produtos agrícolas um complexo eficiente e de grande produtividade, nos moldes do Corredor Leste.

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