Porto recebe calcita e exporta gengibre

O Porto de Paranaguá está recebendo, nesta semana, um produto que raramente é descarregado no cais comercial. No total, estão sendo trazidas 27,9 mil toneladas de calcita (carbonato de cálcio), matéria-prima para a produção de pigmentos brancos usados na fabricação de tintas, papel e creme dental. A carga está sendo trazida da Turquia, onde a qualidade do produto é superior. A calcita vai abastecer a fábrica da Omya do Brasil, empresa instalada há dois anos em Ponta Grossa.

A operação do navio Ken Shin, com bandeira de Vanuatu, pequeno país do centro-sul da Oceania, conta com equipamentos diferenciados como grabs com ?unhas? para a retirada da carga dos porões. As 27,9 mil toneladas importadas não serão levadas imediatamente para Ponta Grossa. A maior parte – 25 mil toneladas – será levada ao armazém da empresa responsável pela operação e, gradativamente, transportada de caminhão até a fábrica. A expectativa é que em menos de quatro semanas o escoamento esteja concluído. Segundo Leonardo Ceotto, representante da Omya, esta é a terceira vez que a empresa, integrante do grupo suíço que está há 130 anos no mercado, utiliza o Porto de Paranaguá para importação de seus produtos.

Maçãs

Assim como o carbonato de cálcio, outras cargas, como maçãs de Santa Catarina (Fraiburgo) e do Paraná, que têm como principal destino a Europa, a soja orgânica paranaense e o gengibre cultivado em Morretes, exportado para países da Ásia e da Europa, integram o rol de produtos diferenciados que são movimentados pelo Porto de Paranaguá. O gengibre orgânico do Paraná é plantado principalmente por pequenos produtores.

A abertura para estas mercadorias, segundo o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, expõe aos clientes e usuários a qualidade das operações portuárias. ?Esta é a função do porto público: estar aberto a diferentes tipos de mercadorias, atendendo às necessidades dos pequenos e grandes exportadores, sem distinção e com qualidade?, afirma o dirigente.

Ele lembra que mercados em franca expansão, como o de carga geral (madeira, algodão, açúcar ensacado, entre outros), e aqueles já consolidados, como os grãos, têm espaço seguro no Porto de Paranaguá. ?Somente portos qualificados como o de Paranaguá possuem condições de absorver esta demanda, porque apresenta todas as condições necessárias para atender as necessidades dos exportadores e importadores?, comentou o superintendente. (AEN)

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