Porto de Paranaguá poderá ter píer para grandes transatlânticos

A inclusão de Paranaguá na lista dos 87 destinos indutores do turismo no Brasil poderá viabilizar a construção do píer exclusivo para receber turistas de grandes transatlânticos em área próxima ao Porto.

Segundo o Ministério do Turismo, os destinos incluídos na lista do Plano Nacional de Turismo 2007-2010 terão mais facilidade na captação de recursos públicos e privados para potencializar suas atividades turísticas.

O píer está orçado em R$ 12 milhões e oferecerá infra-estrutura completa de serviços para receber, com segurança e conforto, cerca de 2,5 mil turistas em média, por navio. Inicialmente, o píer terá um berço, sendo possível a construção de um segundo no futuro. Ainda está prevista a construção de um acesso que ligará o terminal ao Centro Histórico de Paranaguá.

?Os turistas desembarcarão por meio de fingers, como os de aeroportos internacionais, e poderão aguardar os operadores turísticos em ambientes climatizados e confortáveis, com serviços de alimentação e lojas de artesanato e souvenires?, idealiza o prefeito José Baka Filho, que encomendou o projeto e está indo atrás de recursos para a obra.

Durante o ano, passam pela costa do Paraná cerca de 30 navios de passageiros. No entanto, são raros os que atracam em balneários paranaenses por pura falta de infra-estrutura.

Sindop não paga mais tarifas portuárias

O Sindicato dos Operadores Portuários de Paranaguá (Sindop) conseguiu na Justiça o direito de não pagar mais à Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) as tarifas portuárias, que representam 50% da arrecadação tarifária da autarquia. Entre janeiro e setembro deste ano a arrecadação com tarifas chegou a mais de R$ 125 milhões. Deste total, R$ 60 milhões foram arrecadados através do pagamento de tarifas denominadas inframar, infracais e infraport.

?Já estamos recorrendo da decisão. Procuraremos os recursos cabíveis e estamos em análise de várias questões que esperamos que voltem ao seu curso normal?, declarou o advogado da Appa, Fabrício Massardo.

De acordo com o sindicato, a Appa tem dinheiro em caixa e possui recursos para obras e investimentos, logo pode abrir mão desses recebimentos. A tentativa do Sindop, segundo o governador Roberto Requião, é descapitalizar o porto. ?Depois aparecem com a alegação de que o porto público não funciona. Que temos que privatizar porque não temos capital para investimentos. O porto está capitalizado, tem dinheiro em caixa e não precisa cobrar tarifa? Em relação aos demais portos brasileiros é a menor do Brasil?, considerou.

O sindicato pediu que os valores das tarifas inframar, infraport e infracais voltassem a ser os mesmos de 2001, e ainda que a Appa devolvesse o que foi pago após o reajuste. A juíza Danielle Nogueira Mota, da 2.ª Vara Cível de Paranaguá deferiu parcialmente a pretensão do sindicato e determinou que as tarifas, em vez de serem pagas à Appa, sejam depositadas judicialmente.

?A decisão, ao que nos parece, está equivocada. Parece que a Appa está sendo punida por bem gerenciar suas finanças?, revelou Massardo. (AEN)

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