Gestão

Porto de Paranaguá é caso de polícia, avalia governador Beto Richa

O Porto de Paranaguá e toda a operação que vem sendo realizada pela Polícia Federal (PF) para investigar diversas denúncias de irregularidades permearam boa parte da entrevista concedida pelo governador Beto Richa à revista Dinheiro Rural deste mês. O governador reconheceu que a situação no porto é um verdadeiro caso de polícia e que tão logo os trabalhos da PF sejam encerrados, serão tomadas decisões em prol da recuperação da imagem e da eficiência do porto. Conforme os planos comentados por Richa, no curto prazo, o porto deve ampliar sua capacidade de escoamento dos atuais 38 milhões de toneladas por ano para 60 milhões de toneladas ao ano.

O governador também reforçou a intenção em enviar o mais breve possível para a Assembleia Legislativa o projeto de lei que cria a Agência Paraná de Desenvolvimento. Questões como pacificação no campo, desenvolvimento da agroindustrialização, da agropecuária sustentável e da pesquisa serão cuidadas pela agência. “Nossa gestão vai incrementar fortemente a agroindustrialização e a Agência Paraná vai articular os mecanismos de incentivo, com apoio às indústrias locais e atração de novos investimentos por meio de benefícios fiscais, infraestrutura, capacitação profissional e fluxo de recursos para o financiamento do setor”, afirmou.

O governador do Paraná disse também que o processo de pacificação no campo já começou e que os mandados de reintegração de posse expedidos já estão em processo de execução. “Das 72 áreas rurais com pedidos de reintegração de posse no Paraná, 40 já tiveram as pendências resolvidas neste ano, ou estão em negociação avançada”, assegurou.

Apoio ao novo Código Florestal

Sobre as discussões em torno do novo Código Florestal, relatado pelo deputado federal Aldo Rebelo, o governador disse estar de acordo com a proposta. “Não é o ideal, mas significa um avanço importante para o apaziguamento nas relações entre a agricultura e o poder público no que se refere ao meio ambiente”, justificou. Para o governador, o fato dos estados poderem ter autonomia na realização de programas de regularização ambiental é um dos pontos positivos do código. “A proposta delega aos estados a implementação de programas de regularização ambiental, mesmo na pequena propriedade, abaixo de quatro módulos fiscais, e estabelece moratória de cinco anos para qualquer corte de vegetação nativa. Por isso, o Paraná apoia a aprovação do novo Código Florestal na forma proposta pelo relator”.