PIB encolheu 0,1% no primeiro trimestre

A economia brasileira ficou estagnada no primeiro trimestre deste ano, período que o país começou a ser governado por Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas do país) caiu 0,1% no primeiro trimestre em relação aos últimos três meses de 2002. Já na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, quando a economia dava sinais de fraqueza e o Brasil sofria com os efeitos da crise argentina e vivia o final do período de racionamento de energia, houve crescimento de 2%.

Campo

A agropecuária evitou que o desempenho da economia no período fosse ainda pior. O setor foi o único que cresceu no primeiro trimestre ?alta de 3,7% em relação ao trimestre anterior. A indústria ainda sofre com o desaquecimento econômico e apresentou um resultado negativo de 2,2%. O setor de serviços não apresentou variação.

“A economia do país está há bastante tempo com taxas pequenas de crescimento. Isso é indiscutível”, afirmou o chefe do Departamento de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto. Nos últimos 12 meses, encerrados em março, o PIB registrou crescimento 2,2%.

Retração

Pelo ponto de vista da demanda, houve um aumento de 4,5% das importações de bens e serviços, e de 0,5% com os gastos do governo. O que puxou o PIB para baixo foi a redução de 0,6% no consumo das famílias do país, além de uma queda de 4,6% nos investimentos das empresas (formação bruta de capital fixo).

Até as exportações, que no ano passado haviam sustentado o resultado positivo da balança, apresentaram um resultado negativo, caindo 1,3% na comparação do primeiro trimestre com os três meses anteriores. Em comparação com o primeiro trimestre de 2002, as exportações mostram crescimento significativo de 20,2%, enquanto que as importações tiveram uma queda de 4,6%. A demanda interna, na comparação com o mesmo período do ano passado, continua com resultado negativo. O consumo das famílias diminuiu 2,3%, o consumo do governo apresentou queda de 0,2% e os investimentos sofreram redução de 1,5%.

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