Petroleiros paralisam reivindicando reajuste

Os petroleiros do País ficaram de braços cruzados ontem para pressionar a Petrobras a conceder reajuste salarial. A categoria tem cerca de 40 mil trabalhadores e a maioria está em greve, segundo a FUP (Federação Única dos Petroleiros).

Entretanto, a paralisação, prevista para durar 24 horas, não afeta a produção. Funcionários do turno da noite não deixaram os postos de trabalho para evitar que pelo menos 17 plataformas na Bacia de Campos e seis terminais, nove refinarias, uma unidade de fertilizantes e outra de xisto em todo o território nacional fossem paralisadas.

Segundo a FUP, ligada à CUT, nas áreas de produção de petróleo os trabalhadores também estão realizando atrasos e operações padrão.

Os petroleiros estão realizando o dia de paralisação para cobrar uma definição sobre as reivindicações da categoria.

Os trabalhadores, que têm data-base em 1.º de setembro, pedem 15,5% de reajuste salarial e 6,8% de aumento de produtividade. O aumento pedido é de 23,35%. Os petroleiros também pedem o fim da terceirização, reintegração de demitidos em greve, fim da política de remuneração, entre outros pontos.

A Petrobras já começou a discutir as reivindicações com a categoria, mas não fez uma proposta de reajuste.

No Paraná

Metade dos cerca de 800 petroleiros que atuam no Paraná não compareceu ao trabalho ontem, segundo o sindicato da categoria no Paraná. Na Refinaria Presidente Vargas (Repar), em Araucária, região metropolitana de Curitiba, e na Usina de Xisto em São Mateus do Sul não houve troca de turno na noite de anteontem. Os funcionários que entraram às 15h30 de anteontem deveriam sair somente às 23h30 de ontem.

Nos terminais de Paranaguá, São Francisco do Sul, Itajaí e Guaramirim, os três últimos em Santa Catarina, houve atraso de duas horas na entrada dos turnos de ontem. O objetivo do sindicato era realizar uma manifestação em frente às unidades, mas a chuva não permitiu. Os petroleiros pedem, entre outros benefícios, reajuste de 23,35%, fim das terceirizações e contratação dos concursados.

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