Petrobras agiu da forma mais correta

Rio – O presidente da Associação dos Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), Álvaro Bandeira, considerou correta a posição da Petrobras no episódio de suposto vazamento de informações durante a venda do Grupo Ipiranga, que vem sendo alvo de investigação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A companhia montou uma comissão de sindicância para apurar se algum executivo da estatal utilizou informação privilegiada para obter lucros no mercado de capitais.

A comissão concluiu que não houve vazamento, mas optou por afastar um ex-gerente executivo da BR Distribuidora, uma subsidiária do Grupo Petrobras. ?O empregado teve conduta omissiva por não ter comunicado aos seus superiores, na data da divulgação do Fato Relevante, suas negociações com ações do Grupo Ipiranga nos dias que antecederam à concretização do negócio, o que caracteriza inobservância do Código de Ética do Sistema Petrobras?, informou a estatal em nota.

Segundo Bandeira, as empresas brasileiras estão cada vez mais preocupadas em evitar o uso por seus funcionários de informações privilegiadas, fato que acaba por arranhar a imagem da companhia. O presidente da Apimec lembra que algumas empresas fazem contratos com corretoras, cadastram os empregados e especificam épocas em que eles podem negociar ações e períodos em que essa movimentação está suspensa.

Bandeira observa que em operações como a venda do Grupo Ipiranga por um consórcio formado por Brasken, Ultra e Petrobras é muito difícil evitar o vazamento de informação. O importante é fiscalizar o uso que se fará dessa informação?, afirma.

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