Patrimônio de Bernanke se recuperou após a crise

A recuperação do mercado de ações que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ajudou a promover em 2009 beneficiou o próprio presidente da instituição, Ben Bernanke. Segundo formulários de histórico financeiro divulgados hoje pelo Fed, o patrimônio de Bernanke somava entre US$ 1,2 milhão e US$ 2,5 milhões no fim de 2009, o mesmo nível de 2007. No fim de 2008, quando o mercado de ações estava abalado pela crise financeira, o valor do patrimônio de Bernanke estava entre US$ 850 mil e US$ 1,9 milhão.

Os formulários são usados por funcionários do Poder Executivo dos EUA e mostram os ativos e a renda em faixas amplas de valor. A maior parte da elevação do patrimônio de Bernanke no ano passado veio dos rendimentos de um fundo de ações de grande capitalização que ele mantém e cujo valor elevou-se da faixa de US$ 250 mil a US$ 500 mil no fim de 2008 para a faixa de US$ 500 mil a US$ 1 milhão no fim do ano passado. O salário anual de Bernanke no Fed em 2009 foi de US$ 199,7 mil. Os demais diretores da instituição receberam US$ 179,7 mil.

Outros dirigentes do Fed também tiveram ganhos de patrimônio declarados em 2009. O diretor Kevin Warsh declarou ativos em seu nome de US$ 1,4 milhão a US$ 3,5 milhões no fim do ano passado, da faixa de US$ 670 mil a US$ 1,4 milhão no fim de 2008. Ele também declarou posições em ações e bônus mantidos por sua mulher, Jane Lauder, executiva da empresa de cosméticos Estée Lauder, no valor de dezenas de milhões de dólares.

O diretor Daniel Tarullo declarou bens na faixa de US$ 1,4 milhão a US$ 3,5 milhões. A diretora Elizabeth Duke declarou um patrimônio na casa das dezenas de milhões de dólares. O vice do Fed, Donald Kohn, só deverá fazer sua declaração mais tarde neste ano, já que vai deixar o cargo no próximo mês.

Dirigentes do Fed têm uma série de restrições sobre onde podem ou não investir. Por exemplo, eles não podem ter ações de bancos ou cotas de fundos com foco no setor financeiro. Além disso, não podem comprar ou vender valores mobiliários na semana anterior às reuniões de política monetária. As informações são da Dow Jones.

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