O Valor da Transformação Industrial (VTI) do Paraná atingiu R$ 42,3 bilhões no ano de 2007, superando os resultados registrados por Santa Catarina (R$ 28,3 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 41,4 bilhões). Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) de 2007, divulgada nesta sexta-feira (26), pelo IBGE. Em âmbito nacional, o Estado do Paraná é o quarto colocado, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Em razão do significativo desempenho industrial, a participação relativa do Estado no VTI nacional saltou de 6,6% em 2006 para 7,0% em 2007. Os empregos industriais acompanharam o crescimento do setor. A participação paranaense no emprego industrial do País, que em 2006 era de 7,7%, subiu para 8,0% em 2007.
Os ramos mais representativos na estrutura industrial do Estado são o alimentício, responsável por 20,6% do VTI estadual em 2007, o petroquímico com 20,4% e o automotivo representando 12,6%. O analista de conjuntura do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), Julio Suzuki, aponta que estes resultados comprovam a diversificação da indústria do Paraná.
“Os bons resultados do Paraná são reflexos das características industriais do Estado que combinam uma agroindústria dinâmica com segmentos manufatureiros intensivos em tecnologia, embora ainda haja um grande espaço para a incorporação de segmentos de alto valor adicionado à estrutura industrial do Estado”, analisa Suzuki. Como exemplos, ele cita a produção de polipropileno e alguns ramos sofisticados da metalmecânica como o de auto peças.
Em relação ao valor de venda dos produtos industriais em empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas, o Paraná também se destacou. Em 2007, a indústria de São Paulo continuou na liderança, respondendo por 41,2% das vendas, em seguida vieram Minas Gerais (11,0%), Rio Grande do Sul (8,3%), Paraná (7,5%) e Rio de Janeiro (7,0%). O maior destaque foi o óleo diesel, no qual cerca de 64% das vendas foram efetuadas nos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
No caso específico da indústria de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis, com participação de 20,9% das vendas, os resultados mais expressivos foram em São Paulo (43,4%), Rio Grande do Sul (8,8%), Paraná (7,4%) e Minas Gerais (7,3%). Esse grupo é composto, basicamente, pelos produtos destinados às famílias e cujo consumo é imediato, tais como, alimentos, produtos de limpeza, vestuário e medicamentos.
A área de bens de capital foi a única que ganhou espaço entre 2005 (7,7%) e 2007 (9,0%) nas vendas industriais entre as categorias de uso. Nesse grupo, estão as máquinas e equipamentos, cuja dinâmica de produção está relacionada aos investimentos realizados pelos vários setores da economia. O Paraná aumentou sua participação nacional de 8% para 9,7%.