Para Meirelles, emprego seguirá crescendo no País em 2009

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, previu que o emprego continuará crescendo em 2009, embora em ritmo mais lento do que o registrado ao longo ano. Não há expectativa de desemprego no País, disse Meirelles, por causa dos efeitos da crise financeira internacional no próximo ano. Segundo ele, o BC está monitorando “cuidadosamente” o comportamento do emprego para fazer o “diagnóstico e o tratamento” do problema. Os bancos oficiais, disse ele, estão atuando para garantir a manutenção do emprego no País.

Em Goiânia, onde participou ontem à noite da abertura do 14º Congresso Nacional de Jovens Lideranças Empresariais, Meirelles disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preocupado com a manutenção do emprego nesse cenário de crise financeira internacional e que o BC está atuando para evitar o problema. “Estamos atuando através das medidas do BC e de uma ação mais forte dos bancos oficiais de maneira a manter a economia funcionando e preservar o emprego”, disse em entrevista após participar da abertura do encontro.

O presidente do BC ressaltou que a manutenção do emprego é fundamental, porque é a “finalidade” última da política econômica. “Em se cumprindo as previsões de uma desaceleração do crescimento, mas ainda bem acima dos padrões mundiais, esperamos que mesmo com uma diminuição da taxa de expansão do emprego, se mantenha o crescimento e, portanto, não haja desemprego”, afirmou. Por isso, acrescentou Meirelles, o governo trabalha “duramente” para preservar o ritmo de atividade econômica em padrões aceitáveis.

Na palestra de abertura do Congresso, Meirelles destacou que o forte aumento do emprego e da massa salarial nos últimos doze meses permitiram ao Brasil “entrar forte” na crise, ao contrário de outros países. “A massa salarial esta crescendo muito, 8,6% nos últimos 12 meses. Isso significa que o Brasil entra na crise com uma economia mais forte, sólida”, destacou. Ele lembrou que, nos últimos cinco anos da década de 90, o Brasil diminuiu o número de empregos formais em cada ano a uma média de 323 mil. De 2000 a 2003, cresceu a uma média 664 mil por ano, patamar que saltou para 1,5 milhão de novos empregos no período de 2004 a 2008.

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