Obama confirma concordata da Chrysler

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou duramente hoje os fundos de hedge (proteção) e outros credores que rejeitaram a proposta de redução de dívida da Chrysler, mas afirmou que a montadora norte-americana está em condição de sair de uma concordata em uma posição mais forte e competitiva. A Chrysler entra hoje com o pedido de concordata (Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA) em Nova York, um processo que a Casa Branca afirmou esperar que não dure mais do que dois meses e que deixe a empresa e sua nova parceira, Fiat, em condição sólida.

“Embora muitos interessados tenham feito sacrifícios e trabalhado construtivamente, eu tenho que dizer que outros não (o fizeram)”, disse Obama. “Em particular, um grupo de empresas de investimento e fundos de hedge decidiu esperar pela perspectiva de um resgate financiado pelo contribuinte não justificado. Eles esperavam que todos fizessem sacrifícios e eles não teriam de fazer nenhum.”

Como a maioria dos grandes interessados está em acordo, disse o presidente, o processo de concordata deverá ser rápido. “Os passos necessários foram tomados para dar a uma das montadoras mais famosas dos EUA, a Chrysler, uma nova vida”, afirmou Obama.

O governo norte-americano esperava deixar a Chrysler fora do tribunal, mas decidiu que era a única opção após o acordo para cortar a dívida da empresa ter sido rejeitado por diversos credores ontem.

Obama elogiou os grandes bancos e credores que aceitaram o acordo, bem como o sindicato dos trabalhadores do setor automotivo, o United Auto Workers (UAW, na sigla em inglês), mas criticou os que rejeitaram. Alguns, disse ele, queriam o dobro do retorno que outros credores estavam obtendo.

“Eu não estou do lado deles”, afirmou Obama. “Eu estou do lado dos funcionários da Chrysler, das famílias deles e das comunidades deles. Eu estou do lado da gerência da Chrysler, das concessionárias e fornecedores. Eu estou do lado dos milhões de norte-americanos que possuem e querem comprar carros da Chrysler.”

Obama fez uma interpretação positiva sobre a concordata de uma empresa que ele considera “um pilar da economia industrial (dos EUA)”. “Ninguém deve se confundir sobre o que significa um processo de concordata”, afirmou ele. “Isso não é um sinal de fraqueza, mas sim um passo a mais em um caminho claramente para o renascimento da Chrysler.” As informações são da Dow Jones.

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