Poder de compra

Mínimo regional pode ter reajuste de até 12,99% no Paraná

 

A correção do piso regional do Paraná, pago para trabalhadores de categorias sem acordo coletivo, pode chegar a 12,29% neste ano, estima o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O reajuste é composto pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais ganho real de 5,1%, definido previamente no ano passado. “A última estimativa do Banco Central para o INPC indica 6,84%, até abril, para os últimos 12 meses antes do reajuste”, revela o economista Sandro Silva, do Dieese.

No ano passado, o piso regional aumentou 10,3%, também com 5,1% de valorização real, e ficou abaixo do incremento do salário mínimo nacional (14%). Já neste ano, vai superar a correção do mínimo que foi de 8,8%, com 2,7% de alta real.

O secretário do Trabalho e Emprego, Luiz Cláudio Romanelli, explica que a política bienal de reajuste facilitou a valorização do rendimento pago aos trabalhadores que recebem o piso regional. “Já estamos trabalhando para formar a comissão para discutir a política para 2014 e 2015”, salienta. A secretaria aguarda a definição do índice de inflação dos últimos 12 meses, encerrados em abril, para encaminhar a proposta de reajuste ao governador Beto Richa. Em seguida, o projeto de lei é encaminhado para a Assembleia Legislativa e, se aprovado, vai para sanção do governador. A meta é assinar o decreto no dia 1.º de maio, como em 2012.

Recomposição

Para Roni Barbosa, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a política bienal por acaso ajudou neste ano. “Em 2013, compensou o que deveria ter sido concedido no ano passado. O mais importante foi a recomposição do poder de compra”, avalia. O piso regional influencia diretamente nos salários de 350 mil trabalhadores paranaenses, além de servir de referência para a remuneração de pelo menos outros 650 mil empregados. Atualmente, o piso varia entre R$ 783 e R$ 904, dividido em quatro faixas salariais.