O governo do México anunciou hoje um plano para apoiar os setores afetados pelo surto da influenza A (H1N1), que praticamente parou a atividade econômica do país na última semana. O plano totaliza 27,4 bilhões de pesos (US$ 2,08 bilhões). O ministro de Finanças, Agustin Carstens, disse em entrevista coletiva que as medidas incluem 20% de desconto nas contribuições das empresas para a seguridade social em maio e junho, deduções de impostos e crédito para os bancos de desenvolvimento. As medidas fiscais totalizam cerca de 17,4 bilhões de pesos, enquanto as medidas de crédito para as empresas e para os bancos de desenvolvimento totalizarão mais 10 bilhões de pesos.
O país se prepara para voltar ao trabalho amanhã, após cinco dias de suspensão das atividades não essenciais, determinada para conter a disseminação do vírus A (H1N1), inicialmente chamado de gripe suína. O ministro da Saúde, Jose Angel Cordova, disse que o surto de gripe está em queda. Há 866 casos confirmados no país, com 26 mortes.
Turismo, entretenimento e restaurantes, os setores mais afetados, terão atenção especial do governo, que se ofereceu para pagar 25% da receita tributária perdida pelos Estados que garantirem benefícios fiscais para esses setores. O governo federal também dará desconto de 50% nas taxas de transporte cobradas das companhias aéreas e reduzirá pela metade os encargos cobrados dos cruzeiros marítimos que aportarem em cidades do país. Um fundo especial de promoção do turismo foi formado, com recursos de cerca de 200 milhões de pesos, afirmou o ministro das Finanças.
Carstens disse que as medidas tomadas para enfrentar o impacto da gripe terão impacto negativo no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2009, entre 0,3% e 0,5%, com os efeitos concentrados no segundo trimestre. Ele estima, contudo, uma rápida recuperação. De acordo com estimativa preliminar do Ministério das Finanças, o PIB mexicano recuou 7% no primeiro trimestre deste ano. As informações são da Dow Jones.