Metalúrgicos fecham mais dois acordos no Paraná

Enquanto os funcionários da ABS e da Perfecta continuaram em greve ontem, duas empresas da Cidade Industrial de Curitiba fecharam acordos com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. Na Trox, os cerca de 300 trabalhadores encerraram a paralisação com a empresa garantindo o pagamento de um abono de R$ 400 no dia 27 e a reposição do INPC na data-base, em dezembro. A jornada de trabalho será reduzida de 44 para 42 horas semanais em primeiro de outubro.

Na AAM do Brasil, fabricante de autopeças e cabeçotes de motores, os 200 empregados aprovaram a proposta da empresa sem parar a produção. Eles conseguiram a incorporação de 9,73% de reajuste nos salários, referente ao INPC de dezembro a abril, com teto de R$ 2.594. Quem ganha acima disso, terá um acréscimo mensal fixo de R$ 252,40. A AAM garantiu o pagamento da diferença do INPC na data-base e reduzirá a jornada para 42 horas em dezembro de 2004. Até lá, a empresa pagará duas horas semanais adicionais a todos os trabalhadores em forma de vale-alimentação.

Ontem, o Sindicato dos Metalúrgicos enviou cartas ao Sindimetal e ao Sindimaq oficializando a suspensão das negociações com os sindicatos patronais.

Eletricitários

No dia 4 de junho, está prevista uma paralisação nacional de duas horas dos funcionários da Eletrobrás, que também pleiteiam reajuste salarial. No Paraná, a paralisação afeta as unidades de Curitiba, Foz do Areia, Laranjeiras e Londrina.

Fiscais

Em Curitiba o primeiro dia de paralisação dos auditores fiscais da Receita Federal teve a adesão de 50% dos funcionários. Eles são contra as medidas que o governo Federal quer adotar em relação aos servidores na Reforma da Previdência. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados deve julgar hoje o parecer do relator Maurício Rands (PT-PE) e amanhã está prevista a votação dos destaques e emendas.

Em Curitiba trabalham 220 auditores. Eles atuam no Aeroporto Afonso Pena, Estação Aduaneira de Interior, Delegacia da Receita e no prédio central do Ministério da Fazenda. Ontem ficaram prejudicados os serviços de auto de infrações, lançamentos de tributos e liberação de mercadoria no aeroportos. Além disto, as análises e julgamentos de processos fiscais foram interrompidos.

Em Foz do Iguaçu os auditores não aderiram a paralisação. Os serviços de fiscalização na fronteira com a Argentina e o Paraguai seguiram a rotina normal. Mas a avaliação geral do movimento só vai ser conhecida hoje e, em assembléia nacional, os auditores decidem se a greve vai continuar.

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