Meta de superávit primário deve subir para 3,9% este ano

O governo decidiu antecipar em dois dias a divulgação dos detalhes do acordo firmado no início de agosto com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O ministro da Fazenda, Pedro Malan, dará entrevista amanhã (4) para apresentar as metas estabelecidas no documento, que deverá ser aprovado formalmente na sexta-feira, quando a diretoria do fundo se reúne em Washington. Na entrevista, Malan deve apresentar a nova meta de superávit primário para este ano, que será elevada de 3,75% para cerca de 3,90% do Produto Interno Bruto (PIB).

Quando foi anunciado, no dia 8 de agosto, o governo apenas apresentou as linhas gerais do acordo, que incluíam o volume total de desembolso que o FMI fará ao Brasil nos próximos 15 meses. Serão US$ 30 bilhões, sendo US$ 6 bilhões este ano e US$ 24 bilhões no decorrer de 2003.

Além da nova meta de superávit primário, o ministro também deverá apresentar as metas que terão de ser cumpridas pelo governo até o fim do ano para que seja liberado o saque de parte dos recursos.

A partir da aprovação da diretoria, o Brasil já terá direito a sacar US$ 3 bilhões. Os outros US$ 3 bilhões estarão condicionados ao cumprimento das metas, que serão avaliadas a partir de novembro. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, Malan estará acompanhado de um representante do Banco Central (BC). Ainda não está definido se será o presidente do BC, Armínio Fraga, ou o diretor de Política Econômica, Ilan Goldfajn. Até sexta-feira, os memorandos de política econômica e técnicos do acordo deverão ser divulgados pelo ministério.

Voltar ao topo