Mercedes-Benz concede licença a 1,2 mil empregados

A montadora Mercedes-Benz vai conceder, de amanhã ao dia 3 de maio, licença remunerada para cerca de 1,2 mil empregados da produção de caminhões e chassis de ônibus, da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A empresa também iniciou na última segunda-feira um programa de demissão voluntária (PDV) na mesma unidade, que vai até 15 de maio. De acordo com a montadora, o motivo é a queda de 50% nas exportações de veículos comerciais.

Com as medidas, a Mercedes-Benz pretende adequar o volume de produção à realidade do mercado. O PDV também é direcionado a todos os funcionários horistas da produção. Não há uma previsão de quantos devem aderir. A empresa oferece para os voluntários quatro salários nominais adicionais e manutenção do convênio de assistência médica por três meses. A unidade de São Bernardo do Campo tem mais de 12 mil trabalhadores. A licença e o PDV são mecanismos previstos no acordo coletivo dos metalúrgicos. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC foi procurado pela Agência Estado, mas não se pronunciou até as 12h30.

Vale

A mineradora Vale informou hoje que colocou 440 funcionários em licença remunerada com redução de 50% do salário desde fevereiro, quando assinou com 15 sindicatos um acordo para flexibilização das normas trabalhistas. O objetivo da medida, segundo a empresa, é evitar novas demissões nesse momento de forte queda da demanda mundial por minério de ferro e metais.

Desde o agravamento da crise internacional em setembro, a Vale já adotou várias medidas para tentar se ajustar ao novo cenário. No final de outubro, a companhia anunciou cortes em sua produção no Brasil e no exterior, especialmente nos segmentos de minério de ferro e níquel. Em novembro, novas medidas foram tomadas, desta vez envolvendo corte de pessoal. A Vale demitiu 1,3 mil trabalhadores e deu férias coletivas a outros 5,5 mil funcionários.

Para evitar novas demissões nesse período de retração econômica, 15 sindicatos que representam os 38 mil empregados da empresa aceitaram o acordo de licença remunerada proposto pela companhia no mês de janeiro. O pacto tem validade até 31 de maio. O objetivo é adiar a decisão da companhia de novos cortes de pessoal na expectativa de uma possível recuperação do setor.

A Vale informou ainda outra medida que vem sendo adotada para minimizar o problema é transferência de trabalhadores entre áreas da companhia. Desde o início do ano, 1,6 mil funcionários já foram transferidos na empresa.

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