Mercado volta a viver “quinta nervosa”

O mercado financeiro viveu novo dia de forte nervosismo internacional, que fez o dólar romper os R$ 2,97 (fechou a R$ 2,967) e voltar a mirar o teto de R$ 3, valor já negociado nas casas de câmbio. Como anteontem, o mercado continuou zerando suas posições anteriormente otimistas e se preparando para uma verdadeira guinada nas principais carteiras de investimento por conta de uma alta prevista nos juros dos EUA. O movimento internacional prevaleceu inclusive sobre o noticiário interno, que incluiu o aumento conservador do salário mínimo, considerado positivo pelo mercado.

A Bovespa desabou quase 3% com as fortes vendas de ações pelos investidores estrangeiros, em mais um dia de pessimismo e rebaixamento do Brasil por banco. Pela primeira vez desde novembro passado, a bolsa fechou abaixo de 20 mil pontos, aos 19.865 pontos (-2,97%).

Ontem foi a vez do banco holandês ABN Amro rebaixar sua recomendação para a dívida brasileira, de “overweight” (acima da média do mercado) para “neutral” (neutro). Novamente, citou como razão mais a conjuntura externa do que fatores internos do Brasil.

No final dos negócios, o dólar comercial reduziu o ritmo de valorização e encerrou a R$ 2,967, com alta de 0,57%.

O risco-País, que chegou a cair 2,54%, operou no final da tarde na máxima do dia, mas ainda em queda de 0,29% em relação a anteontem, para 668 pontos. Os C-Bonds, que chegaram a recuperar 0,83%, voltaram a cair e estão cotados a 90,687% do valor de face, na mínima do dia, em queda de 0,06%.

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