Mercado volta a elevar estimativa de IPCA

Os analistas financeiros consultados pelo Banco Central promoveram um pequeno aumento nas previsões dos índices de inflação. O aumento ocorreu após a última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que elevou a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 18,75% para 19,25% ao ano.

Embora pequeno, a expectativa em relação ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) passou de 5,77% para 5,8%. O IPCA é apurado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e é o indicador usado pelo governo para a meta de inflação. Neste ano, o objetivo do BC é 5,1%.

As previsões dos indicadores da FGV (Fundação Getúlio Vargas) também subiram.

Para o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), os analistas aumentaram de 6,11% para 6,20% a expectativa de inflação desse índice em 2005. Para o IGP-DI (Índice Geral de Preços), a previsão passou de 6,09% para 6,12%.

Ao elevar os juros, o Copom deixa o crédito mais caro. Assim, a tendência é que o consumo caia. Com consumo menor, a autoridade monetária consegue assegurar a estabilidade da moeda. No entanto, o movimento de aumento da Selic, iniciado em setembro, tem demorado a surtir efeito das previsões de inflação por parte dos agentes de mercado.

Para abril, a previsão é que os juros parem de subir. Até o final do ano, os analistas esperam que a taxa de juros média no ano fique em 18,64% – contra 18,5% da pesquisa anterior. Para isso, esperam que a taxa no final do ano esteja em 17,13%, ante 17% na pesquisa anterior.

Sobre o crescimento da economia, os analistas esperam que o PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas por um país) tenha um aumento de 3,67% neste ano, praticamente estável em relação a semana anterior (3,69%).

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