Mercado reduz previsão de juros e inflação ao consumidor

Brasília (AE) – As instituições financeiras voltaram a prever uma inflação ligeiramente menor para o ano de 2006, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE. De acordo com a pesquisa Focus divulgada ontem pelo Banco Central, que recolhe as projeções feitas por mais de 100 bancos, o IPCA deste ano deve ficar em 3,98%. Há quatro semanas, a projeção estava em 4,31%. É a quinta semana seguida que o mercado revê para baixo a expectativa de inflação pelo IPCA, que é o índice oficial utilizado pelo BC para cumprir o regime de metas de inflação. Com a nova queda, as estimativas para o IPCA deste ano ficaram ainda mais abaixo da meta central de inflação de 4,50% fixada pelo Conselho Monetário Nacional.

IGPs

O mercado reajustou para cima, porém, a previsão de inflação medida pelos Índices Gerais de Preços (IGPs), que têm um impacto maior da evolução de preços no atacado. Para o IGP-M de 2006, a projeção subiu de 3,40% para 3,69% na pesquisa semanal do BC. Esta foi a quarta elevação consecutiva destas previsões, que estavam em 3,12% há quatro semanas.

Juros

A taxa básica de juros da economia (Selic) deve fechar 2006 em 14,38% ao ano, na previsão do mercado. Na semana passada, a projeção estava em 14,5%. As estimativas para este mês de julho não mudaram e prosseguiram em 14,75% pela nona semana consecutiva. O porcentual embute uma expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) venha a cortar os juros em 0,50 ponto porcentual na reunião dos dias 18 e 19, já que a taxa Selic em vigor hoje é de 15,25% ao ano.

Câmbio

As projeções de mercado para a taxa de câmbio no fim deste mês caíram de R$ 2,22 para R$ 2,20 por dólar na pesquisa divulgada hoje pelo BC. A queda anulou a alta registrada na pesquisa da semana passada e deixou as previsões nos mesmos R$ 2,20 projetados há quatro semanas. Para o final do ano, as estimativas de taxa de câmbio caíram de R$ 2,25 para R$ 2,24 por dólar. A redução interrompeu uma seqüência de duas semanas seguidas de alta destas previsões, que estavam em R$ 2,20 há quatro semanas.

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