IMÓVEIS

Mercado imobiliário em Curitiba se mantém aquecido por mais tempo

Se o preço de um imóvel em Curitiba já é considerado elevado, a perspectiva a curto prazo não é das mais animadoras para quem pensa em adquirir uma casa ou um apartamento.

De acordo com o conselheiro federal de economia Daniel Poit, em Curitiba o mercado imobiliário está se mantendo mais aquecido e por um período mais longo do que em outras capitais. “Curitiba, especificamente, tem uma disponibilidade urbana muito pequena e está entrando em uma segunda fase de valorização dos imóveis, que deve se acentuar em breve: demolição de prédios antigos para substituir por empreendimentos maiores e nobres”, avalia.

Programas habitacionais como “Minha Casa, Minha Vida” e outros financiamentos não foram utilizados em uma proporção que tivesse resolvido a falta de habitação na cidade, segundo o economista, para quem a qualidade de vida de Curitiba também exerce influência para o aquecimento do mercado. “Estamos caminhando para termos imóveis mais caros, assim como Brasília, alguns bairros de São Paulo e do Rio de Janeiro, onde o metro quadrado de área construída é de R$ 11 mil”, compara. Hoje, áreas consideradas nobres em Curitiba, como alguns pontos do Centro Cívico, Batel e Ecoville, estão em torno de R$ 6 mil, de acordo com Poit.

Para quem está em dúvida sobre o momento certo de adquirir um imóvel, Poit indica: “Deve esperar para comprar somente quem tem perspectiva de que sua renda melhore muito a médio prazo, em torno de cinco anos”. Ou seja, para pessoas jovens que estão iniciando sua carreira profissional vale a pena esperar e comprar um imóvel mais compatível com seus padrões de consumo.

Agora, se a projeção de renda é estável a longo prazo, é o caso de aproveitar a oportunidade no momento que ela surgir, aponta o economista. “A projeção de valor de um imóvel, em geral, é positiva. São raros os casos em que se desvaloriza”, diz. Ele aproveita para ressaltar as peculiaridades do setor. “Imóvel não é mercado financeiro. Quando se aplica dinheiro em um imóvel, é mais difícil para recapitalizar depois. É um processo que envolve mais burocracia, embora seja uma alternativa de investimento”, completa.

Leia Mais

Imóveis de Curitiba ficaram 22% mais caros em 2010