Medo provoca alta de 14% no petróleo

A queda na produção de petróleo no Iraque, devido à guerra, e na Nigéria, por causa de conflitos políticos regionais, pressiona os preços da commodity nesta semana por causa do temor de que o mercado internacional fique desabastecido.

Em Londres, desde a última sexta-feira, as cotações já subiram 13,92%; essa é a maior variação positiva semanal em cinco anos. Ontem pela manhã, o barril de petróleo tipo brent para entrega em maio era negociado a US$ 27,14, com alta de US$ 0,32 (+1,19%), depois de ter batido em US$ 27,74 no começo do dia.

Em Nova York, o preço do barril de referência (petróleo tipo light sweet crude) nesta sexta-feira foi de US$ 28,84, US$ 0,21 a menos (-0,73%) do que no fechamento da quinta-feira.

Na semana passada, as cotações do petróleo caíram cerca de 22% por causa da esperança de que a guerra no Oriente Médio seria breve, com pouco prejuízo à produção petrolífera local. Entretanto, a resistência oferecida pelos iraquianos às tropas da coalizão anglo-americana aponta para um conflito com duração maior do que se esperava inicialmente, como já admitiu o próprio presidente norte-americano, George W. Bush.

Além disso, poços de um dos campos petrolíferos mais importantes do Iraque, o de Rumaila, no sul do Iraque, estão pegando fogo. O comando das tropas britânicas diz que o incêndio foi provocado pelos iraquianos, e estima que vai levar três meses para a produção ser restaurada.

Na Nigéria, multinacionais petrolíferas como a Shell interromperam atividades por causa dos conflitos tribais no país, que atrapalham a produção. A empresa disse que talvez não cumpra os contratos de maio se os problemas políticos não forem resolvidos logo.

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), entretanto, afirma que não há falta do produto no mercado e que o declínio habitual na demanda a partir do segundo trimestre vai puxar os preços para baixo.

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