Matinhos, no litoral do Paraná, pede agência da CEF

Nas férias de inverno, o movimento no comércio do litoral do Estado melhora, mas apenas um pouco. Segundo a grande maioria dos comerciantes locais, apenas nas férias de verão o negócio é lucrativo. Em outras épocas do ano se paga para trabalhar. Em Matinhos, um movimento criado pela Associação Comercial e Empresarial de Matinhos (Acima) está tentando trazer uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF) para o município. A nova agência bancária faria com que mais dinheiro circulasse na cidade e o comércio fosse beneficiado.

O presidente da Acima, Carlos Dalberto Freire, explicou que hoje, Matinhos não possui agências da Caixa, apenas uma casa lotérica que realiza os serviços. Com isso, muitos moradores da cidade que têm benefícios a receber pela Caixa são obrigados a se deslocar para cidades vizinhas, como Morretes e Paranaguá. “Eles vão receber lá e gastam o que recebem também lá. Com isso, o comércio em Matinhos fica prejudicado”, afirmou.

Além disso, Freire lembrou que a Caixa é um banco mais social, onde financiamentos são feitos com juros mais baixos. “Quando se financia uma construção, por exemplo, gera o emprego do pedreiro, do mestre-de-obra, faz com que a loja de material de construção venda mais. Enfim, acontece uma série de benefícios para cidade”, disse. O presidente da Acima lembrou que, em épocas passadas, problemas políticos impediram a instalação do banco na cidade. “Agora estamos negociando e contamos com o apoio do prefeito José Maria Correia. Acredito que em breve tenhamos a agência instalada”, disse.

Freire disse que outro problema enfrentado pelos comerciantes do litoral enfrentam é o pedágio. “Com esse novo preço, as pessoas acabam não vindo. Se embutirmos o preço do pedágio no preço do combustível, vamos verificar que a pessoa que quer vir ao litoral paranaense acaba pagando R$ 3,00 pelo litro de gasolina”, salientou.

Fraco

Conforme a comerciante Rosane Liebel, funcionária da loja Bijuterias Andrade, em Matinhos, apesar de melhorar um pouco, o movimento nas férias de inverno é fraco. “A cidade está regredindo. O movimento está ruim e não se cria nada na cidade para atrair as pessoas”, reclamou, questionando também a demora para instalação da Universidade do Litoral.

Para o lojista Luiz Carlos Pereira da Silva, dono de duas lojas de R$ 1,99 em Matinhos, a cidade precisa de um calendário turístico fora da temporada. “O ano todo nós trabalhamos no vermelho, só recuperando prejuízo na temporada de verão”, disse, mesmo admitindo que nas férias de julho melhora o movimento em até 60%.

Este ano não

A CEF informou que realmente tem um plano de expansão para o Estado, contudo não há previsão para a instalação de uma agência da Caixa em Matinhos ainda este ano.

Voltar ao topo