Marilândia tem tomate com menos agrotóxico

Com dois milhões de mudas por 150 produtores rurais, o município de Marilândia do Sul está cultivando safra de tomate com até 50% menos agrotóxicos. A expectativa de produção, segundo o engenheiro agrônomo Romeu Suzuki, da Emater, é de 360 mil caixas, que serão colhidas de março a abril e vendidas ao preço médio de R$ 20,00 a caixa de 25 quilos, valor bem superior aos R$ 7,00 recebidos pelos produtores na safra passada, quando a maioria pagou para produzir. Para baixar os custos de produção e atrair os consumidores, a recomendação é o manejo integrado das pragas e doenças.

Tradicional na horticultura, Marilândia do Sul destina sua produção de tomate para as Centrais de Abastecimento – Ceasas – do Paraná, atendendo também os mercados consumidores de Mato Grosso, Goiás, São Paulo e Minas Gerais. A produtividade média é de 180 caixas por mil pés, com mudas de sete variedades adquiridas em viveiros comerciais de Tupã, SP.

Mesmo fechando a última safra no vermelho, seus tomaticultores estão confiantes, porque contam com tecnologia disponibilizada pela Emater em conjunto com a Syngenta, cooperativa Integrada e a empresa local Agrorural, desenvolvida durante três anos, para manejar as pragas e doenças, assegura Suzuki. Ele destaca a possibilidade de promover redução em 30% no custo de produção, passando de 46 para 22 pulverizações nesta safra.

"Ganham todos. A natureza, sem contaminação ambiental; os operadores, com menor risco de intoxicações; os consumidores, com um produto mais limpo, e o próprio agricultor familiar, que economiza nos custos de produção e melhora a qualidade de vida do ambiente rural produtivo", conclui Suzuki.

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