Lucro da Petrobras sobe 41% no 2º trimestre

Foto: Agência Brasil

José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras.

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 6,959 bilhões no segundo trimestre, alta de 41% sobre os R$ 4,930 bilhões apurados em igual trimestre de 2005. De acordo com os cálculos de Merrill Lynch, Ágora, Credit Suisse e UBS, o resultado da estatal seria de R$ 7,2 bilhões.

A receita líquida aumentou 17%, para R$ 37,948 bilhões, também próxima das estimativas do mercado, que eram de R$ 37,5 bilhões. O lucro operacional antes do resultado financeiro cresceu 19%, para R$ 11,267 bilhões. A despesa financeira líquida recuou 79%, para R$ 141 milhões.

Já a geração de caixa, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações), ficou 5% abaixo da projeção média, apesar de ter crescido 16% sobre o segundo trimestre de 2005. O valor anunciado agora foi de R$ 13,614 bilhões, contra projeção média de R$ 14,3 bilhões. Os números são consolidados e conforme legislação societária brasileira.

Gás natural

A Petrobras e a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Boliviano (YPFB) ainda não chegaram a um acordo sobre o reajuste pretendido pelos bolivianos para o gás natural importado pela estatal brasileira. As duas empresas decidiram, de comum acordo, ampliar o prazo de negociações sobre o pedido de revisão da cláusula de preços do Contrato de Compra e venda de Gás (GSA) por mais 60 dias.

De acordo com nota distribuída pela Petrobras, o novo prazo permitirá que ambas as empresas ?aprofundem os esforços na busca de soluções mutuamente aceitáveis para a conclusão das negociações?.

A Petrobras informa, ainda, que a próxima reunião entre os dirigentes das empresas está marcada para 14 de setembro, na Bolívia.

Caso a Petrobras e a YPFB não cheguem a um acordo sobre o preço do gás, a saída será levar as discussões para uma corte de arbitragem internacional. As negociações envolvendo a YPFB e a Petrobras acontecem a pedido da estatal boliviana desde o dia 29 de junho. Desde então, as empresas realizaram três reuniões sem que se chegasse a um consenso, uma vez que a Petrobras não aceita aumentar o preço que paga pelos 24 milhões de metros cúbicos diários de gás natural que importa dos bolivianos. Atualmente, a estatal brasileira paga US$ 4 por milhão de BTU Unidade Térmica Britânica.

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