Aluguel

Locação de imóveis estabilizada em Curitiba

Curitiba apresentou um leve crescimento nas locações de imóveis em junho se comparado com maio. No mês passado, o índice de Locação Sobre Oferta (LSO) foi de 19,6%, um ponto percentual maior que o mês de maio (18,6%).

Com relação à Venda de Usado Sobre Oferta (VUSO), o resultado foi o contrário: em junho, o crescimento foi de 8,2%. No mês anterior o percentual havia sido de 8,3%.

Os dados são de pesquisa realizada pelo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), um dos agentes de serviço do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR).

Com relação às locações feitas em Curitiba, o estudo constatou que os imóveis mais ofertados são os apartamentos e residências de dois dormitórios. Na área de imóveis comerciais, o Inpespar registrou uma redução nas locações.

Elas haviam crescido 8,5% em maio e registraram queda para 8,3% em junho. Segundo o estudo, o tipo de imóvel que mais teve locação de acordo com a sua oferta foram os conjuntos comerciais, com alta de 9,8%.

Ao contrário do que dizem os números, o conselheiro do Secovi-PR, João Françolin Tomasini, avalia como estável a situação das locações de imóveis em Curitiba. “As pessoas vinham locando normalmente até junho, quando esperávamos um melhor rendimento por conta do período. No entanto, a chegada do Feirão da Caixa Econômica Federal e dos programas de incentivo do governo federal, fizeram com que as pessoas comprassem sua casa própria ao invés de alugar. Ou seja, o nível de locação e de venda se mantiveram no mesmo patamar, ao contrário do que estimávamos. Um ponto percentual é muito pouco para o nosso mercado, por isso a estabilidade”, diz.

Sobre a queda no índice de venda de imóveis usados, o VUSO, Tomasini acredita que essa redução também não é significativa. “Mesmo ficando menor que o mês anterior considero muito bom o rendimento das vendas em junho”, afirma.

Tomasini afirma que o número tanto de locações quanto de vendas deverão ser maiores quando saírem os números da próxima pesquisa. “Esperamos que o mês de julho seja ainda melhor, pois o calendário escolar proporciona a mobilidade de estudantes neste período para Curitiba, e isso pode provocar um aumento na locação e também na compra. Além desse fator, contamos com inúmeras boas ofertas na capital, o que favorece ainda mais a concretização de negócios”, opina.

Tempo

Segundo o estudo, o período médio entre a angariação e a venda dos imóveis residenciais usados em Curitiba foi de 88 dias, 12 a menos se comparado ao mês de maio (76).

“A exploração excessiva da crise econômica pela mídia está fazendo com que o consumidor tenha cautela, principalmente, porque a incerteza de emprego abala grande parte da população. Mas, a expectativa é que a economia volte a se estabelecer e que se mantenha aquecida”, comenta Tomasini.