Lanagro manda a Brasília resultados dos exames

Enquanto aguarda a Advocacia Geral da União (AGU) entrar com um recurso para cassar a liminar que impede o sacrifício dos animas suspeitos de aftosa na Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira, o Paraná vive a expectativa em torno do resultado da análise de outra leva de animais.

O Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) do Rio Grande do Sul enviou na última terça-feira à Secretaria de Defesa Agropecuária, em Brasília, o resultado dos testes feitos com a sorologia de 2.205 cabeças de gado paranaense. As amostras foram coletadas em dez propriedades distribuídas nos municípios de Maringá, Loanda, Amaporã, Grandes Rios e Bela Vista do Paraíso. Foi justamente nesses municípios – a exceção é Bela Vista – que surgiram os primeiros casos suspeitos de aftosa, em outubro. Animais que haviam sido adquiridos ou entrado em contato com gado proveniente de Eldorado, no Mato Grosso do Sul, apresentavam febre, salivação excessiva e andar manco. Porém, numa primeira análise, o vírus da enfermidade não foi detectado.

O superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Paraná, Valmir Kowaleski, em contato com o Mapa, foi informado de que o material foi encaminhado para a análise estatística e epidemiológica. ?Eles não deram um prazo para divulgação dos resultados, mas acreditamos que até sexta-feira (amanhã), a análise seja finalizada?, diz o superintendente, não disfarçando a ansiedade. ?Como o número de análises é grande, sabemos que pode levar algum tempo para que o resultado seja seguro. Vamos aguardar.?

Até agora, o único foco de aftosa confirmado pelo Mapa no Paraná é o da Fazenda Cachoeira. O laudo, porém, foi questionado pela Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), pelo Conselho de Sanidade Agropecuária (Conesa) e pelo proprietário da fazenda, André Carioba. Porém, a Seab acabou acatando a decisão do Conesa pelo sacrifício dos animais, o que colocaria o Paraná na área de livre comércio de carne em seis meses. Discordando da determinação, Carioba obteve a liminar que, por ora, impede a intervenção do Mapa e da Seab na propriedade.

Voltar ao topo