Ipea: otimismo das famílias aumenta em agosto

Estudo divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o brasileiro segue otimista quanto à situação socioeconômica do País, tanto para o período de um ano quanto para um tempo maior, de cinco anos. O Índice de Expectativas das Famílias (IEF) subiu 1,7 ponto em agosto em relação a julho, passando de 63,5 para 65,2 pontos – o otimismo se configura com o nível acima de 60 pontos. A pesquisa foi realizada em 3.810 domicílios de 200 municípios em todo o País.

O otimismo do brasileiro captado pelo IEF é evidenciado também pela intenção de consumo das famílias. Mais da metade – 56,8% – afirmou em agosto que estava em um momento propício para adquirir bens duráveis, contra 38,3% das famílias que discordaram dessa avaliação. Os dados de agosto mostram uma melhora no índice em relação a julho, quando 49,5% acreditavam que a situação era ideal para o consumo de bens duráveis, contra 45,4% que viam o cenário como adverso. Além disso, 80,4% consideraram em agosto estarem seguros em seus postos de trabalho, ante 79,3% verificados na pesquisa de julho.

“As respostas mantiveram que o momento é tido como bom, com número considerável a afirmar ser este o melhor momento para a aquisição de bens duráveis”, afirma o Ipea, no relatório. “Isso certamente explica, em parte, os índices de elevação do consumo e aponta para a sustentabilidade do impulso de crescimento da economia no curto prazo.”

O levantamento do Ipea mostra que 56,8% dos pesquisados em agosto acreditam que o Brasil passará por melhores momentos nos próximos 12 meses. O número é 3,6 pontos porcentuais maior que o verificado no mês anterior (53,2%). Para o médio prazo (até 5 anos), aqueles que acham que a situação brasileira estará melhor passou de 53% em julho para 56,4% em agosto.

Regiões

Moradores da Região Centro-Oeste foram os que mostraram maior otimismo – 78,3% têm expectativa positiva no curto prazo e 83,2% no longo prazo -, enquanto os da Região Sul foram os que se mostraram mais céticos quanto à melhoria do quadro socioeconômico brasileiro em 12 meses (só 36,6% acreditam que a situação vai melhorar), Os pesquisados da Região Norte foram os menos otimistas com o longo prazo (41%). “O otimismo sobre o futuro do Brasil também é uma característica geral, apesar de algumas variações de acordo com renda e escolaridade”, afirma o estudo.

A faixa de renda em que os pesquisados se mostram mais otimistas para os próximos 12 meses é a que vai de quatro a cinco salários mínimos – 65,02% têm expectativa positiva. A que mostra mais dúvidas quanto à melhoria do cenário é a que compreende domicílios com renda de mais de dez salários mínimos – pouco mais da metade, ou 51,22%, creem em um cenário socioeconômico mais positivo para o Brasil daqui a um ano.

Situação financeira

A pesquisa do Ipea revela que 73,8% das famílias pesquisadas afirmaram estar em agosto em melhor situação financeira que um ano atrás, porcentual ligeiramente inferior ao apresentado na pesquisa realizada em julho (75,5%). Na projeção para o próximo ano, 81,6% dos consultados em agosto acreditam que sua situação financeira vai melhorar. Em relação ao endividamento, os índices mostram estabilidade: 9,7% se consideram muito endividados, ante 9,2% em julho, e 52,2% afirmam não possuir dívidas, ante 52% no mês anterior.

Voltar ao topo