Alta

IPCA-15 sobe para 0,38% em agosto na Grande Curitiba

A prévia da inflação oficial, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), apresentou variação de 0,38% em agosto, em Curitiba e Região Metropolitana, contra 0,03% registrado no mesmo período do mês de julho.

Foi a mais alta variação registrada entre as capitais brasileiras pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elevando o acumulado do ano da capital paranaense para 3,44%, a terceira maior, perdendo para Rio de Janeiro (3,94%) e Salvador (3,91%).

A média nacional, porém, mostrou preços praticamente estáveis, em -0,05%, acumulando, no País, uma alta de 3,21%. O primeiro lugar da Grande Curitiba no IPCA-15 foi fortemente pressionado pelos grupos habitação e transportes.

O primeiro, puxado pelo reajuste das tarifas de energia elétrica da Copel, com impacto de 4,23%. Já a elevação do segundo foi influenciado pelo aumento de 2,94% no preço dos combustíveis – contra 0,63% de oscilação nacional.

A gasolina subiu 2,56% na Região Metropolitana de Curitiba, enquanto no País a média foi 0,31%, e o álcool encareceu 8,12% – ante 4,99% de aumento nacional. De novo, os alimentos são os principais responsáveis pela manutenção do índice em âmbito nacional.

Houve queda de preços, em alimentos, em todas as regiões pesquisadas, sendo os mais significativos os resultados apresentados por Belo Horizonte (-1,52%) e Salvador (-1,86%).

Vários alimentos continuaram com os preços em queda de um mês para o outro, destacando-se a batata-inglesa (-22,06%), o tomate (-21,89%), a cebola (-9,26%), o açúcar cristal (-8,10%), as hortaliças (8,00%), o feijão carioca (4,78%) e o açúcar refinado (-3,96%), além do leite pasteurizado (-1,93%). A batata-inglesa apresentou a mais expressiva contribuição: -0,06 ponto percentual.

Mesmo assim, com os alimentos em queda, o item “refeição fora” (0,71%) manteve preços em alta e ficou com a maior contribuição no mês: 0,03 ponto percentual. Junto com o item carnes, também com 0,03 ponto de contribuição e 1,36% de aumento nos preços.

Já os produtos não alimentícios apresentaram taxa de 0,14%, pouco acima dos 0,12% de julho. O grupo Educação (passou de 0,02% para 0,37%), contribuindo com 0,03 ponto percentual para o resultado do mês, refletiu os resultados apurados na coleta realizada no mês de agosto a fim de obter a realidade do segundo semestre do ano letivo. Os cursos (ensino formal) variaram 0,33% e os cursos diversos (informática, idioma, etc.) variaram 0,97%.

O grupo Transportes passou de 0,36% para 0,02%. O litro do etanol, que havia caído 3,15% no mês de julho, passou a custar 4,99% a mais, enquanto a gasolina, com -0,53% em julho, apresentou aumento de 0,31% no mês de agosto.

Além disso, foi menos expressiva a baixa nos preços dos automóveis novos (de 1,16% para 0,56%) e usados (de 2,22% para 0,12%), acrescentando-se a queda nas tarifas aéreas (de 9,16% para 10,31%).

Metodologia

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de julho a 13 de agosto e comparados com aqueles vigentes de 15 de junho a 13 de julho. O indicador se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.