Investidores privados se voltam para energia eólica

A Eletrobrás informou que a geração de energia a partir dos ventos está atraindo a atenção de investidores privados nacionais e estrangeiros. Até o final de 2006, cerca de 20 empresas deverão aplicar R$ 4,78 bilhões em novas usinas de energia eólica, selecionadas pelo Programa Nacional de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa). Ao todo, nos próximos dois anos, serão instalados no País 1.100 megawatts (MW) em empreendimentos de eólica do Proinfa.

Rio (AG) – No Rio Grande do Sul, a empresa Enerfin do Brasil, em parceria com a CIP Brasil, já anunciou a construção de mais 150 MW de capacidade instalada para o estado com a implantação de três usinas eólicas, que produzirão 50 MW cada um. O parque – a ser instalado no município de Osório, litoral norte do estado – será o maior do País para este tipo de fonte. O investimento previsto no empreendimento é de aproximadamente US$ 230 milhões. A Enerfin do Brasil é uma empresa controlada pelo grupo espanhol Elecnor, que já participa como sócio e operador de 1,5 mil MW em parques eólicos na Europa.

Também no Rio Grande do Sul, a Eletrobrás e a empresa alemã Innovent planejam investir outros US$ 91 milhões numa usina eólica de 70 MW, em Tramandaré. Atualmente, as empresas estão na etapa de prospecção do solo, implantação das torres e negociação de possíveis parceiros e financiamentos. A Eletrobrás atua há 12 anos com geração de energia alternativa – eólica e solar – para sítios e residências, mas essa será a maior usina que já construiu.

No Rio Grande do Norte, a Enerbrasil, subsidiária da Iberdrola, informou que vai instalar uma usina de 49,3 MW, enquanto a New Energy Options foi selecionada pelo Proinfa para construir um parque de 64,5 MW no estado. Segundo o coordenador de desenvolvimento energético do Rio Grande do Norte, Ronaldo Cruz, os dois empreendimentos, somados a uma nova termelétrica de 340 MW, permitirão gerar energia suficiente para atender a toda a demanda do estado. "Se não fosse o Proinfa, seria inviável a criação desses parques", afirma Cruz.

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