Interior responde por maior oferta de emprego

O Paraná fechou o primeiro semestre com a geração de 94.540 postos de trabalho. A maior parte das vagas foi criada no interior (76,12%), enquanto a Região Metropolitana de Curitiba respondeu por 23,88%. Entre as dez mesorregiões que compõem o Estado, a Noroeste foi a que apresentou maior crescimento no ano: 13,52%, contra a média estadual de 5,97%. Na outra ponta, a mesorregião Metropolitana de Curitiba registrou o menor crescimento (3,50%). Os dados foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR).

De acordo com o economista Sandro Silva, os municípios de pequeno porte foram os que apresentaram melhor desempenho de janeiro a junho, com crescimento de 10,52%. Já os 29 principais municípios – aqueles que empregam o maior número de pessoas no Estado, incluindo Londrina, Maringá, Cascavel, entre outros – apresentaram variação positiva de apenas 4,22%. “Os principais municípios representam mais de 70% do emprego formal no Estado, com 1,1 milhão trabalhadores, mas a geração de empregos não foi tão alta”, afirmou o economista. Os municípios de pequeno porte contam com aproximadamente 484 mil trabalhadores formais.

Segundo dados do Dieese, o Noroeste paranaense gerou no ano 10.936 empregos, a maior parte deles na microrregião de Paranavaí (4.840). Entre os setores que mais empregaram no Noroeste, destaque para a indústria de transformação, que respondeu por 46,79% dos empregos gerados; nesse setor, a indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico foi a que mais empregou (34,27%). Outro setor, a agricultura, respondeu por 37,93% das vagas criadas. Os dois juntos geraram 84,7% dos empregos.

O segundo melhor desempenho ficou com o Norte Pioneiro, com crescimento de 13,37% (8.186 empregos). As microrregiões de Jacarezinho (3.703 postos de trabalho) e Cornélio Procópio (2.384) foram as que mais se destacaram. Quanto aos setores que mais empregaram, a agricultura foi a que liderou o número de postos de trabalho abertos (64%), seguido pela indústria de transformação (19%). O Centro Ocidental aparece na terceira posição, com crescimento de 9,87% e geração de 3.402 empregos. A agricultura foi, mais uma vez a que mais gerou empregos (43,21%), seguida pela indústria de transformação (37%).

Na outra ponta

Já o pior desempenho foi registrado na mesorregião Metropolitana de Curitiba, com variação positiva de 3,50% e geração de 23.846 postos de trabalho. A microrregião de Paranaguá foi a que apresentou menor crescimento (1,62%), seguida por Lapa (2,19%) e Curitiba (3,56%). “Apesar da mesorregião de Curitiba ter apresentado o pior desempenho, foi a que teve a maior variação nos últimos 12 meses”, aponta Sandro Silva. Na comparação do primeiro semestre de 2004 com o mesmo período do ano passado, o número de empregos formais na mesorregião de Curitiba cresceu 315,07%, passando de 5.745 postos de trabalho para 23.846. Já o Norte Pioneiro foi o único a registrar redução (-20,86%), passando de 10.344 empregos no ano passado para 8.186 este ano. Na média estadual, o crescimento foi de 57,44%: 60.048 postos de trabalho em 2003 para 94.540 em 2004.

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