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Inflação se mantém em queda em Curitiba

O primeiro Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) do ano ficou, em Curitiba, bem abaixo da média nacional. A taxa, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada ontem, ficou em 0,21% e foi a terceira mais baixa entre as 11 capitais pesquisadas.

A média desses municípios fechou em 0,52%. No acumulado dos últimos 12 meses, por outro lado, a taxa curitibana, de 4,6%, é maior que a nacional, que está em 4,31%.

Apesar do IPCA-15 de janeiro ser o primeiro índice de preços do IBGE que mede valores já deste ano, parte das medições ainda é referente ao ano passado. Os preços foram coletados de 12 de dezembro de 2009 a 14 de janeiro de 2010 e comparados com os vigentes entre 14 de novembro e 11 de dezembro de 2009. O IPCA-15 é uma espécie de prévia do IPCA, que é usado como o índice oficial de inflação.

Em janeiro, o grupo de despesas pessoais foi o que teve o maior aumento, de 0,7%, enquanto o de saúde e cuidados pessoais foi o que passou pela maior queda, de 0,17%.

Os maiores pesos no índice final, no entanto, são dos grupos de transportes, no qual os preços tiveram aumento médio de 0,17%, e alimentação, onde a taxa, de 0,22%, ficou bastante próxima da média geral.

O item que possui mais peso no orçamento dos curitibanos, de acordo com o IBGE, é a gasolina, que teve uma pequena queda (-0,18%) nos preços durante o período pesquisado.

Nas despesas pessoais, o maior aumento foi nas mensalidades de clubes, que ficaram 10,48% mais caras. Os outros grupos onde os preços subiram acima da média curitibana foram artigos de residência (0,65%), habitação (0,23%) e vestuário (0,23%). No grupo de educação (0,02%) os preços ficaram praticamente estáveis, enquanto os produtos de comunicação (-0,12%) tiveram recuo nos preços.

Transportes

No grupo de transportes, o IBGE detectou um aumento de 2,32% no etanol. As passagens de ônibus interestadual também ficaram mais caras (5,29%), assim como os automóveis usados (1,32%).

Os carros novos (-0,58%) e as passagens de avião (-1,23%), porém, ficaram mais baratos. No índice nacional, as tarifas de ônibus urbanos exerceram o maior impacto individual, com aumento médio de 1,46%, resultado principalmente do reajuste de 17,4% nos preços em São Paulo, no início do ano.

Entre os alimentos e bebidas, a principal responsável pela variação no preços foi a alimentação fora do domicílio, que teve valores reajustados em 0,61% – as refeições ficaram 0,75% mais caras. Já os preços para quem se alimenta em casa não tiveram, em média, quase nenhuma variação: 0,02%.

Se, por um lado, itens como a cenoura (19,36%), a batata (8,77%) e a alcatra (8,77%) aumentaram, outros como o tomate (-22,17%), a cebola (-20,46%) e o pão francês (-2,67%) ficaram mais baratos.