Inflação pelo IPCA cai para 0,69% em janeiro

Rio de Janeiro – A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,69% em janeiro, divulgou nesta quarta-feira (13) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O INPC é referente às famílias que ganham de um a seis salários mínimos nas nove regiões metropolitanas pesquisadas pelo instituto.

O INPC foi maior que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (0,54%), que mede a inflação oficial e abrange as famílias com renda de até 40 salários mínimos. ?Isso pode ser justificado porque os produtos alimentícios, que continuam em alta, têm peso maior sobre as famílias que ganham menos?, disse a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes.

Segundo o INPC, os produtos alimentícios subiram 1,67% em janeiro, resultado inferior ao de dezembro (0,97%). Já os itens não-alimentícios aumentaram 0,32%. O maior índice regional foi registrado em Belo Horizonte (1,08%); e o menor, em Porto Alegre (0,10%). Nos últimos 12 meses, o INPC já acumula alta de 5,36%, acima da taxa de 5,16% dos doze meses anteriores. Em janeiro do ano passado, o INPC havia sido de 0,49%.

De acordo com Eulina Nunes, ?ainda é cedo para analisar o comportamento que os preços dos alimentos devem apresentar este ano?, apesar de já demonstrarem sinais de queda. ?As reduções aconteceram, mas não foram muito acentuadas. Algumas commodities [produtos básicos como alimentos] continuam em alta, o que fez o governo tomasse medidas como a redução da alíquota do trigo?, explicou.

A economista avaliou ainda que a safra de grãos, com previsão de crescimento em torno de 2,8% neste ano, está concentrada em produtos como o milho e a soja, cujos preços estão subindo no mercado internacional. ?Existe uma procura internacional muito grande por produtos essenciais para a ração animal e, portanto, acabam tendo repercussão sobre a carne. Além disso, os feijões, que deram uma certa trégua, podem continuar a apresentar problemas devido à estiagem?, declarou.

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