A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,98% em agosto, ante aumento de 0,28% em julho. O indicador, anunciado hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficou acima das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam um resultado entre 0 63% a 0,82%. O índice é usado para a correção de contratos de aluguel e como indexador de algumas tarifas como energia elétrica. A taxa do IGP-M de agosto foi a maior desde igual mês de 2004, quando o indicador registrou expansão de 1,22%, conforme informação baseada em tabela contendo a série histórica do índice.
A FGV anunciou ainda o desempenho dos três indicadores que compõem o IGP-M de agosto. O IPA, do atacado, que representa 60% do total do resultado do IGP-M, teve elevação de 1,31% no mês, de aumento de 0,26% em julho. Por sua vez, o IPC, ao consumidor, que tem participação de 30% na formação da taxa do IGP-M, avançou de 0,34% para 0,39% em agosto. Já o INCC, da construção, que representa 10% do total do IGP-M, acelerou de 0,35%, frente a de 0,21% no mês passado.
Pela mesma tabela, é possível notar que IPA-M também foi a maior taxa nesse tipo de indicador desde agosto de 2004, quando avançou 1,42%. Já o IPC-M teve o maior resultado desde março deste ano, quando o índice subiu 0,45%. O INCC-M apresentou a maior taxa desde junho de 2007. Naquela data, o indicador avançou 1,67%.
A FGV passa por dificuldades técnicas no envio e divulgação de informações do IGP-M essa manhã e não revelou ainda o detalhamento do resultado do indicador. O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M de agosto foi do dia 21 de julho a 20 de agosto.