Indústria fecha 2005 com alta de 0,8%

A indústria do Paraná encerrou 2005 com crescimento de 0,8%. Apesar do índice positivo, o desempenho ficou abaixo da média do País, cujo crescimento foi de 3,1%, e bem aquém do resultado de 2004, quando a produção industrial do Paraná havia crescido 10,1% e do País, 8,3%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O aumento da produção industrial no Paraná ocorreu principalmente pela boa performance do setor de veículos automotores, que registrou aumento de 21,1% em 2005. Também vale destacar os desempenhos favoráveis de refino de petróleo e produção de álcool, com crescimento de 9,6% e de celulose e papel (7,7%). Em sentido contrário, os maiores impactos negativos no cômputo geral foram observados na indústria de alimentos (-5,8%) e de máquinas e equipamentos (-11,1%).

Já em dezembro de 2005, na comparação com igual período de 2004, a indústria do Paraná recuou 1,6%. O resultado negativo observado no indicador mensal foi determinado sobretudo pelo recuo em sete dos 14 ramos pesquisados, com os maiores impactos negativos vindo de máquinas e equipamentos (-22,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-10,9%) e madeira (-15,8%). Por outro lado, máquinas, aparelhos e materiais elétricos (66,5%) e celulose e papel (12,0%) exerceram as pressões positivas mais relevantes.

Também foi negativo o resultado do último trimestre do ano (-6,3%). Com isso, a indústria paranaense teve o segundo trimestre consecutivo com resultado em queda. No terceiro trimestre, o recuo havia sido de 4,3%. Esse movimento de aceleração no ritmo de queda foi observado em seis das 14 atividades pesquisadas, com destaque para veículos automotores, que passou de 13,7% para 5,0%, e refino de petróleo e produção de álcool (de 4,0% para -6,8%).

País

Em nível nacional, a produção industrial no ano passado cresceu em 12 das 14 áreas pesquisadas. A taxa mais elevada ficou com o Amazonas (12,1%). Em seguida, figuraram Minas Gerais (6,3%), Bahia (4,1%), São Paulo e Pará (ambos com 3,8%) e Goiás (3,2%) que completam o conjunto de locais que cresceram acima da média nacional (3,1%). Já Pernambuco (3,0%), região Nordeste (2,4%), Rio de Janeiro (2,0%), Espírito Santo (1,4%), Paraná (0,8%) e Santa Catarina (0,1%) apresentaram taxas positivas, porém abaixo da média do País, enquanto Ceará (-1,6%) e Rio Grande do Sul (-3,5%) tiveram resultados negativos.

No mês de dezembro de 2005, na comparação com o mesmo mês de 2004, a produção industrial cresceu em oito dos 14 locais pesquisados. Acima do índice nacional (3,2%), situaram-se: Bahia (10,0%), Pernambuco (8,8%), Minas Gerais (5,7%), Pará (4,0%), São Paulo (3,8%), região Nordeste (3,7%) e Rio de Janeiro (3,5%). Goiás (3,1%) também assinalou resultado positivo, porém ligeiramente abaixo da média da indústria brasileira. As demais regiões registraram taxas negativas: Rio Grande do Sul (-0,3%), Paraná (-1,6%), Espírito Santo (-3,0%), Santa Catarina (-3,7%), Amazonas (-4,4%) e Ceará (-6,6%).

Na passagem do primeiro para o segundo semestre do ano passado, acompanhando o movimento observado para indústria nacional, verificou-se desaceleração no ritmo de crescimento em 11 locais. Os movimentos mais acentuados de redução ocorreram no Amazonas, que passou de 20,2% no período janeiro-junho para 5,1% no segundo semestre, no Ceará (de 6,1% para -7,6%), Paraná (8,0% para -5,3%) e em Santa Catarina (de 6,5% para -5,5%).

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