Expansão reduzida

Indústria do Paraná tem a 2ª maior queda do País

A produção industrial do Paraná recuou 4,8% em agosto na comparação com julho, a segunda maior taxa negativa do País; em Goiás, a queda foi ainda mais acentuada, de 6,1%.

Ao todo, seis dos 14 locais pesquisados registraram queda na produção, com destaque para São Paulo e Minas Gerais (ambos com -1,8%), Rio de Janeiro (-2,7%), além do Paraná.

Já as taxas mais elevadas foram verificadas em Pernambuco (5,3%), Bahia (4,4%) e Ceará (2,4%). Na média nacional, houve queda de 1,3% na produção da indústria, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com agosto do ano passado, a produção industrial paranaense cresceu apenas 1,7% – resultado bem abaixo do índice de julho, que foi de 15,2%, e de junho, quando a variação havia sido de 12,44%.

O indicador acumulado nos primeiros oito meses do ano cresceu 10,4% e o acumulado nos últimos doze meses reduziu o ritmo de expansão, de 9,3% em julho para 8,8% em agosto.

O indústria de veículos automotores foi quem puxou a produção industrial em agosto no Paraná, na comparação com igual mês do ano passado, com crescimento de 26,6% – em grande parte, por conta da produção de caminhões.

Também merecem destaque as indústrias de minerais não-metálicos, com crescimento de 61,5% – puxado pela fabricação de cimento -; edição e impressão, com alta de 27,6%, por conta de livros, brochuras ou impressos didáticos; máquinas e equipamentos, com crescimento de 17,5%, puxado pela fabricação de refrigeradores e congeladores.

Por outro lado, as influências negativas mais importantes vieram de alimentos (-11,0%), outros produtos químicos (-47,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-17,1%), decorrentes sobretudo dos recuos em açúcar cristal; adubos ou fertilizantes e gasolina, respectivamente.

O indicador acumulado no ano mostrou crescimento de 10,4%, com dez ramos apresentando taxas positivas. Os produtos que puxaram o crescimento da indústria paraense foram caminhões; livros, brochuras ou impressos didáticos; máquinas para colheita e tratores agrícolas; e cartolina. Por outro lado, houve redução na fabricação de adubos ou fertilizantes e de açúcar cristal.

País

Na média nacional, a produção industrial cresceu 2% na comparação com agosto do ano passado, com aumento no ritmo de expansão no Pará (10,3%), Espírito Santo (7,1%), Bahia (7,0%) e Goiás (6,7%), beneficiadas pelo desempenho positivo das indústrias extrativas, celulose e papel e produtos químicos.

Por sua vez, Amazonas (-3,0%) e Santa Catarina (-1,8%) foram os únicos locais que reduziram a produção nessa comparação, influenciados, principalmente, pelo recuo dos setores de alimentos e bebidas e madeira, respectivamente.