Indústria cresceu 8% no primeiro semestre

A produção industrial do Paraná fechou o primeiro semestre com crescimento de 8%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foi o segundo melhor desempenho do País entre os 14 locais pesquisados – perdendo apenas para o Amazonas, onde o crescimento foi de 20,2% – e acima da média nacional, que ficou em 5%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Paraná, o setor que mais contribuiu para o bom desempenho da indústria no primeiro semestre foi o de veículos automotores, que avançou 35,5%. Em menor magnitude, porém também com performance positiva, destacou-se refino de petróleo e produção de álcool (25,5%). ?No caso dos veículos automotores, o aumento é efeito tanto do mercado interno como do externo?, apontou o economista André Macedo, da Coordenação da Indústria do IBGE. Com maior impacto negativo apareceu o setor de produtos químicos (-34,3%), representado por adubos e fertilizantes. A queda, segundo Macedo, é resultado do cenário negativo do setor agrícola ao longo deste ano. Também apresentaram queda os setores de alimentos (-1,6%) e de madeira (-5,3%) – este último, afetado sobretudo pela variação cambial. Dos nove segmentos pesquisados pelo IBGE no Paraná, nove apresentaram aumento de produção no semestre.

Junho

Na comparação de junho com igual mês do ano passado, a produção industrial paranaense cresceu 15,9%. Foi o 31.º resultado positivo consecutivo neste tipo de confronto e o segundo melhor resultado do País, novamente atrás do Amazonas, cuja produção avançou 29,8%. Oito das 14 atividades pesquisadas apresentaram aumento na produção.

O bom resultado no mês foi influenciado pelo aumento atípico observado em refino de petróleo e produção de álcool (513,5%), conseqüência de uma baixa base de comparação – em junho do ano passado a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, teve uma parada técnica. Também contribuiu positivamente na composição do índice global a atividade de veículos automotores (27,0%). Já o maior recuo foi de produtos químicos (-47,9%), seguido por alimentos (-2,9%) e máquinas e equipamentos (-4,4%).

Conforme o levantamento do IBGE, o ritmo produtivo da indústria paranaense está acelerando. O crescimento passou de 4,8% no primeiro trimestre para 11,1% no segundo. A aceleração é observada também em nível nacional, onde o aumento da produção passou de 3,9% no primeiro semestre para 6,1% no segundo. O crescimento foi verificado em nove dos 14 locais pesquisados.

Brasil

Em nível nacional, os indicadores regionais da produção industrial mostraram expansão em 13 dos 14 locais pesquisados, no fechamento do primeiro semestre de 2005, frente ao mesmo período do ano passado. Com aumento superior aos 5,0% registrado no total do País, situaram-se as indústrias do Amazonas (20,2%), Paraná (8,0%), Minas Gerais (7,7%), Goiás (6,9%), Santa Catarina (6,5%), São Paulo (6,3%), Ceará (6,1%) e Pará (5,2%), onde destacaram-se, sobretudo, os itens telefones celulares; automóveis; ?pellets? de soja; carrocerias para caminhões; medicamentos; calça comprida para uso feminino; e minérios de ferro, respectivamente. Também com aumento no nível de produção, porém abaixo da média nacional, encontraram-se: região Nordeste (4,6%), Espírito Santo (3,2%), Bahia (2,3%), Pernambuco (1,9%) e Rio de Janeiro (1,3%). Apenas o Rio Grande do Sul (-3,1%) assinalou resultado negativo neste tipo de confronto, com a principal pressão concentrada em máquinas e equipamentos, por conta do cenário desfavorável, deste início de ano, para o setor agrícola.

Em relação aos resultados de junho, frente a igual mês de 2004, o quadro também foi predominantemente positivo, uma vez que nove entre os 14 locais pesquisados registraram expansão. As taxas positivas oscilaram entre os 29,8% no Amazonas e 1,0% em Pernambuco.

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