Os projetos ligados diretamente com assentamentos de famílias rurais deverão receber recursos de R$ 900 milhões do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Desse total, R$ 360 milhões serão destinados a obtenção de áreas. A meta do governo é assentar 100 mil famílias em 2003.
A informação foi confirmada pelo Superintendente Nacional de Gestão Estratégica do Incra, Boris Alexandre Cesar, que esteve em Curitiba participando do encontro sobre Agricultura Familiar e Reforma Agrária. “Queremos ver quais alternativas podem aprimorar as ações do governo e implantar possíveis mudanças nesses setores”, disse Cesar.
Segundo o representante do Incra, a meta de assentamento para o próximo ano deverá seguir os mesmos números de 2002. Hoje, segundo ele, existem 800 mil famílias cadastradas pelos Correios, porém 50% desse público não atende as exigências do órgão e não pode ser classificado dentro do programa de reforma agrária. Boris Cesar contestou os números de algumas entidades que afirmam que a demanda por terra no País atinge quatro milhões de famílias. “Existem várias formas de fazer essas estatísticas, usando dados de várias fontes, mas a única que atinge as famílias que realmente querem participar do programa é essa onde as elas fazem o cadastro espontâneo nos Correios”, explicou. Com base nesses cadastros, o Sul e Sudeste possuem 33% da demanda por terras no País.