Inadimplência no Brasil está dentro da média mundial

A inadimplência no crédito é um dos principais motivos apontados pelos banqueiros brasileiros para que o spread (diferença entre o que a instituição paga ao captar o dinheiro e o que cobra ao repassá-lo aos clientes) seja tão alto. No entanto, um levantamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostra que a relação entre empréstimos em atraso e crédito total no Brasil está dentro da média internacional.

Os dados revelam que essa taxa era de 2,9% no último trimestre do ano passado, o período mais recente disponível. Na Argentina, o índice de inadimplência era de 2,5%, no México, também de 2,5% e, na Venezuela, de 2,3%.

O resultado não é muito diferente quando se consideram os demais países que fazem parte dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China). Na Rússia, a taxa era de 2,5%, na Índia, de 2,3% e, na China, também de 2,5%. Levando-se em conta países desenvolvidos, os números não diferem substancialmente: EUA (2,3%), Japão (1,5%), França (2,7%) e Itália (4,6%) possuem taxas de inadimplência próximas das registradas no Brasil.