Inadimplência do consumidor sobe 7,6% no ano

O índice de inadimplência do consumidor brasileiro avançou 7,6% no acumulado de janeiro a novembro na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (11) pela Serasa, a alta do Indicador de Inadimplência Pessoa Física em novembro subiu 8,4% ante o mesmo mês de 2007. Já em relação a outubro, que teve três dias úteis a menos, foi verificado crescimento de 1,7%.

As dívidas com bancos lideram o ranking das pendências financeiras até novembro, com participação de 43,1% no indicador. Em seguida, aparecem as pendências com cartões de crédito e financeiras (33,5%); os cheques devolvidos (21,2%); e os títulos protestados (2,2%).

A inadimplência do consumidor cresce em conseqüência do maior endividamento da população, da pressão dos juros, das incertezas geradas pela crise financeira internacional e pela menor oferta de crédito, avalia o assessor econômico da Serasa, Carlos Henrique de Almeida. Ele recomenda que o consumidor inadimplente não recorra a linhas de crédito com taxas de juros mais altas, como o cheque especial e o rotativo do cartão.

O economista projeta que ao final de 2008 o índice de inadimplência acumule alta entre 6% e 7% na comparação com os 12 meses do ano anterior. Ele classifica que esse patamar não é preocupante, pois ainda está muito abaixo dos níveis verificados em anos anteriores, como em 2006, quando alcançou os 13,5%. No entanto, Almeida destaca que o indicador deve ser monitorado, principalmente porque há perspectivas para aumento do desemprego em 2009. “Crescimento da inadimplência nunca é bom, porque significa aumento do risco para emprestar. Não estamos num patamar preocupante, mas é importante que seja monitorado.”