A inadimplência das empresas caiu pelo segundo mês consecutivo, segundo informação divulgada ontem pela Serasa. Em setembro, a inadimplência das pessoas jurídicas recuou 5,7% frente a agosto. Antes disso, a inadimplência já havia caído 14,9% em agosto na comparação com julho.
Segundo a equipe econômica da Serasa, o crescimento da atividade industrial associada à interrupção do ciclo de alta da taxa básica de juros contribuíram para dar maior fôlego financeiro às empresas, o que resultou em queda da inadimplência. No entanto, o levantamento apontou que na comparação com setembro de 2004, o indicador registrou alta expressiva de 25,7%. De janeiro a setembro, a alta na inadimplência foi de 15,4%.
Segundo a Serasa, esse comportamento é resultado do maior endividamento das empresas e elevado patamar das taxas de juros.
Por categoria, os títulos protestados registraram a maior representatividade na inadimplência de empresas, com 40,6% de participação em setembro de 2005.
O segundo índice na representatividade do indicador de inadimplência é o de cheques sem fundos, com 39,3% na inadimplência das empresas.
Com menor representatividade estão as dívidas registradas com os bancos, com 20,1% de participação.
No acumulado de janeiro a setembro de 2005, o valor médio das anotações de cheques sem fundos da pessoa jurídica atingiu R$ 1.211,62, um aumento de 1,2% frente ao mesmo período de 2004. Já o valor de títulos protestados foi de R$ 1.411,93, um incremento de 5,9% no período. O valor médio das dívidas registradas com os bancos foi de R$ 3.217,06, uma evolução de 14,5% frente aos nove primeiros meses de 2004.